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A “maior fuga de informação de sempre” não é a ameaça que se pensava

16 mil milhões de passwords expostas assustam, mas especialista explica que os dados já estariam em circulação.

Na semana passada foi anunciado o número gigante: cerca de 16 mil milhões de palavras-passe foram expostas. As passwords seriam de acesso a inúmeros locais.

Os dados foram expostos por um curto período de tempo e não foi revelada a identidade de quem estava a controlar esta informação.

A investigação arrancou no início deste ano. Foram expostos cerca de 30 conjuntos de dados, contendo cada um, em média, 550 milhões de registos.

Um dos conjuntos de dados afetava especialmente a população lusófona: mais de 3,5 milhões de credenciais.

Apesar de a origem destas palavras-passe ainda não ser totalmente conhecida, alguns destes dados são utilizados para o acesso a redes sociais, plataformas empresariais, VPNs e outros sites.

Mas também há informações de login de praticamente todos os serviços online que possa imaginar: Apple, Facebook, Google, Telegram e até plataformas governamentais.

O cybernews anunciou esta descoberta como a maior fuga de informação de sempre. Mas um especialista veio tentar acalmar as reações.

Peter Mackenzie, diretor da Sophos – empresa global líder em cibersegurança – entende o “susto” mas explica: “Embora seja natural ficar-se assustado com o enorme volume de dados expostos nesta fuga de informação, é importante notar que esta não se trata de uma nova ameaça – estes dados já estavam, provavelmente, em circulação“.

“De facto, estes conjuntos de dados são uma amálgama de informações. O que estamos a entender agora é a profundidade das informações que ficaram disponíveis para os cibercriminosos”, continua.

O comunicado enviado ao ZAP reforça que estes números servem para “todos nos recordamos que devemos tomar medidas proativas para atualizar as palavras-passe, utilizar um serviço de gestão de passwords e ativar a autenticação multifator sempre que possível, para evitar problemas com credenciais de acesso no futuro”.

ZAP //

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