Maria Albertina “foi nessa” — e bem. Nome vem de um poema e “tem tudo: amor, fama, traição, um triângulo amoroso, e ao contrário de muitos outros nomes, sabemos exatamente o ano em que foi inventado: 1713”.
“Não é um espanto”? Não sei quem te disse isso, António, mas mentiu.
“A história do nome ‘Vanessa’ tem tudo: amor, fama, traição, um triângulo amoroso, e ao contrário de muitos outros nomes, sabemos exatamente o ano em que foi inventado: 1713“, lança no seu Instagram o mestre em Línguas, Literaturas e Culturas, Marco Franco Neves.
O nome surgiu pela primeira vez num poema, numa alusão a uma paixão por uma mulher. Foi inventado há 311 anos pelo escritor Jonathan Swift, famoso por ter escrito ‘As Viagens de Gulliver’.
O irlandês usou-o num poema como pseudónimo, para se referir a Esther Vanhomrigh, a mulher por quem estava apaixonado.
Para criar o pseudónimo para a amante, o célebre autor recorreu a um neologismo: pegou nas três primeiras letras do apelido da amada e, juntando-as a um diminutivo distorcido de Esther, o primeiro nome da mulher, criou o nome Vanessa.
No entanto, apesar da bela dedicatória, a “primeira” Vanessa acabou por não fazer parte da vida do autor, que se apaixonou por outra mulher — também ela Esther de nome — mais tarde, já famoso.
Depois de o poema, ‘Cadenus and Vanessa‘, ter sido publicado em 1726, três anos após a morte, “por desgosto”, de Esther Vanhomrigh, o nome espalhou-se por vários países e línguas. Foi inclusive dado — lembrava, indignado, o músico António Variações — por Maria Albertina, à “bem cheiinha e muito moreninha” sua filha.