NASA encontra “mancha negra” no Saara. Tem o tamanho de meio Portugal

Joshua Stevens / Landsat / NASA

Vista satélite da mancha detetada no Saara

Uma técnica de imagem inovadora desenvolvida pela NASA permitiu à agência espacial norte-americana identificar uma “mancha” no Saara com 44.000 km2, sendo comparável à superfície de Estremadura, em Espanha, e determinar que tem origem num evento ocorrido há 5 milhões de anos.

Uma gigantesca extensão de lava solidificada, hamou a atenção do cientistas do Serviço Geológico dos Estados Unidos após ter sido registada por observação de satélite.

Segundo o El Confidencial, trata-se de uma das estruturas vulcânicas fósseis mais surpreendentes do norte de África.

Este local inóspito, denominado campo vulcânico de Haruj, fica no centro da Líbia e cobre cerca de 44.000 km2 — algo como metade da área de Portugal continental.

A sua aparência, uma mancha escura salpicada de reflexos dourados, foi revelada graças a uma técnica de imagem desenvolvida pela NASA.

Os especialistas do Serviço Geológico dos Estados Unidos e do Programa Global de Vulcanismo, confirmaram que a zona alberga cerca de 150 vulcões extintos.

Alguns deles surgiram há seis milhões de anos, embora também haja evidências de erupções recentes, ocorridas há apenas alguns milhares de anos.

Apesar de parecer uma planície uniforme vista do Espaço, o terreno está repleto de chaminés, cones e sobreposições de rocha vulcânica.

Alguns desses cones atingem mais de 100 metros de altura, enquanto o pico mais alto do conjunto fica a cerca de 1200 metros acima do nível do mar.

O aspeto manchado que as imagens mostram deve-se à areia acumulada entre as fendas da lava, que reflete a luz solar. Esta característica foi captada com especial detalhe através de um sistema digital de composição conhecido como mosaico de melhor pixel.

Este método seleciona os fragmentos mais nítidos de várias fotografias tiradas ao longo de três anos, eliminando interferências como nuvens ou tempestades de poeira.

Graças a isso, os cientistas puderam estudar com maior precisão os detalhes geológicos desta zona remota.

Teresa Oliveira Campos, ZAP //

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