Condutor que atropelou peregrinos constituído arguido

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Paulo Novais / Lusa

Cinco peregrinos que se dirigiam para Fátima morreram no IC2, em Cernache (Coimbra), vítimas do despiste de um automóvel.

Cinco peregrinos que se dirigiam para Fátima morreram no IC2, em Cernache (Coimbra), vítimas do despiste de um automóvel.

O condutor do automóvel que este sábado atropelou nove peregrinos no IC2, em Cernache, Coimbra, provocando a morte de cinco pessoas, foi constituído arguido e vai ser ouvido em tribunal segunda-feira, disse à Lusa fonte da GNR.

De acordo com o comandante do Destacamento de Trânsito da GNR de Coimbra, capitão Sandro Oliveira, o homem, com cerca de 25 anos, de nacionalidade portuguesa e residente perto da zona onde se deu o acidente, “foi constituído arguido, prestou termo de identidade e residência e foi notificado para comparecer em tribunal” para ser ouvido por um juiz e determinação de eventuais medidas de coação.

Segundo a mesma fonte, o condutor da viatura sofreu ferimentos ligeiros – “uma luxação num dedo de uma mão e pequenas escoriações” – e, após ter tido alta hospitalar, foi acompanhado pelas autoridades às instalações da GNR onde lhe foi comunicada a condição de arguido e a notificação para comparecer em tribunal.

O acidente, ocorrido às 04:00 de hoje, provocou a morte de cinco peregrinos, dois dos quais escuteiros, após o automóvel se ter despistado à saída de uma curva e invadido a faixa contrária onde seguiam, a pé, cerca de 80 pessoas provenientes de Mortágua com destino a Fátima.

O carro atropelou os peregrinos precisamente numa zona de bermas estreitas onde o trânsito automóvel está reduzido a duas vias devido à criação de uma faixa de segurança para possibilitar a circulação de peregrinos.

De acordo com o capitão Sérgio Oliveira, as faixas de segurança são colocadas pela empresa Estradas de Portugal “há muitos anos”, em locais previamente identificados, onde existem habitualmente, três faixas de circulação.

“Suprime-se uma, onde as bermas são reduzidas, para possibilitar um corredor de segurança“, explicou.

O comandante do destacamento de trânsito da GNR disse ainda que no troço do IC2 que atravessa o distrito de Coimbra existem três faixas de segurança com aquelas características: uma no local onde se deu o acidente, outra mais a sul, junto à localidade de Arrifana, e outra no topo norte do distrito, na zona de Santa Luzia.

/Lusa

1 Comment

  1. É triste ainda se ver casos destes nas estradas e autoestradas portuguesas, quem não sabe ter responsabilidade com álcool ou sem, deveria ser inibido de conduzir para o resto da vida e as penas essas deveriam ser aumentadas ainda mais.
    Aos condutores álcool e telemóvel não p.f, obrigado.

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