Os humanos estão condenados à extinção. Soluções: genética e Espaço

A probabilidade aponta para uma extinção dentro dos próximos 10 000 anos. Se houver um esforço concentrado, haverá expansão pelo Universo.

Ou o ser humano confirma o declínio e acaba mesmo por se extinguir dentro dos próximos 10 000 anos, ou então há um esforço concentrado e, assim, consegue expandir-se pelo Universo e viver durante milhões de anos.

Este é um resumo do novo livro de Henry Gee, editor sénior da revista Nature, que publicou The Decline and Fall of the Human Empire: Why Our Species is on the Edge of Extinction.

Neste “declínio e queda do império humano”, e tentando explicar “porque a nossa espécie está à beira da extinção” – seguindo o título – o especialista avisa mesmo que a humanidade está num caminho inevitável para a extinção.

O livro publicado na semana passada apresenta um relato sóbrio do passado, presente e futuro do Homo sapiens, concluindo que a nossa espécie está destinada a desaparecer dentro dos próximos 10 000 anos, a menos que tomemos medidas drásticas — nomeadamente, migrando para o espaço.

O argumento de Gee baseia-se na premissa de que a extinção é um processo natural que afetou todas as espécies ao longo da história da Terra, salienta a revista Forbes.

Eventos catastróficos, como a guerra nuclear ou o impacto de asteroides, são ameaças existenciais; mas o declínio de Homo sapiens é uma certeza evolutiva, afirma.

Apesar da resiliência e do domínio global da nossa espécie, a história mostra que as populações humanas sempre foram precárias. Durante a maior parte da nossa existência, éramos pequenos grupos dispersos de caçadores-recolectores, muitas vezes à beira da fome e da extinção.

O livro oferece uma visão abrangente da evolução humana, traçando as nossas origens desde o Leste de África até a expansão global.

No entanto, Henry Gee destaca que o nosso sucesso evolutivo pode também ser a nossa queda.

O autor defende que os humanos são altamente suscetíveis a doenças devido à nossa civilização interconectada. Além disso, sugere que a eliminação de espécies competidoras — como os Neandertais — pode ter originado um estagnamento evolutivo, tornando-nos vulneráveis às mudanças ambientais.

Gee também explora as consequências não intencionais da civilização humana: a agricultura, que surgiu há cerca de 26 000 anos, pode ter sido uma estratégia de sobrevivência, mas também introduziu novos problemas de saúde, como a tuberculose e o diabetes. As atividades humanas estão a desestabilizar os sistemas fundamentais da Terra, incluindo os ciclos de carbono e a biodiversidade, acelerando a deterioração do planeta.

Solução

O livro oferece uma possível solução. Ou melhor, duas: engenharia genética e colonização espacial.

Gee especula que os avanços na edição genética podem ajudar os humanos a adaptar-se a ambientes extremos, como sobreviver debaixo de água ou noutros planetas.

No entanto, se a humanidade não conseguir aproveitar os seus atuais recursos intelectuais e tecnológicos, os esforços de colonização espacial irão estagnar, aumentando a probabilidade de extinção.

O prazo para a provável extinção é incerto mas, para Henry Gee, o Homo sapiens dificilmente persistirá além dos próximos milénios.

ZAP //

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