É um momento de SOS que pode prolongar-se por 20 minutos, que até pode parecer um ataque cardíaco. Mas há formas de suavizar.
Quem passou, ou costuma passar por isso, sabe que um ataque de pânico é mesmo um episódio de aflição. Lá está, de pânico. Para a pessoa em causa e para quem está à volta.
Este momento súbito de medo intenso não se fica no interior. São visíveis as reacções físicas extremas.
E é um ataque que pode prolongar-se por 20 minutos, que até pode parecer um ataque cardíaco: respiração acelerada, aumento dos batimentos cardíacos, maior tensão muscular.
Pelo menos quatro destes sintomas juntam-se num ataque de pânico: palpitações e batimento cardíaco acelerado, transpiração, tremores, falta de fôlego, sensação de asfixia, dor ou desconforto no peito, náuseas ou sensação de desconforto abdominal, tonturas ou desmaio, arrepios, sensação de dormência ou formigueiro, sensação de nos estarmos a ver de cima, medo de perder o controlo, medo de morrer.
Muitas vezes é hereditário, mas também costuma ter outra origens: stress laboral, fobias, recordação de um evento traumático, doenças crónicas, problemas da tiroide.
O que fazer?
Depois surge a pergunta óbvia, sobretudo para quem está a assistir: o que fazer? Como reagir, ou tentar suavizar, um ataque de pânico? A Médis deixa 7 dicas úteis.
A primeira: controlar a respiração. Essencial. Respirar fundo e lentamente. Inspirar durante 3 segundos e expirar durante 3 segundos.
A segunda: técnicas de relaxamento muscular, para recuperar o controlo do corpo. Contrair os punhos durante 10 segundos, depois relaxar os punhos por outros 10 segundos. E fazer o mesmo nas pernas, glúteos, abdómen, costas, mãos, braços, ombros, pescoço e rosto.
Não sair do sítio. É aconselhável ficar no mesmo local até que a crise passe. Não há controlo emocional, não há controlo físico; é melhor ficar onde está para evitar acidentes – sobretudo se estiver a conduzir.
Ponto central: lembrar-se que o medo não é real. É complicado, claro, mas é fundamental. E, se não for a primeira vez, a pessoa sabe que o ataque é passageiro e que vai voltar a ter o controlo da situação.
Quinta dica: pensar numa situação positiva. Esses pensamentos contrariam o medo e criam uma sensação de calma e tranquilidade que ajudam.
Definir um plano. Não interessa qual. Convém ter uma solução pensada, uma estratégia. Pode ser “apenas” ligar a alguém que ajude a acalmar.
Por fim: tentar focar-se num objecto. Concentrar o olhar, tentar captar as suas características, por exemplo. É uma forma de desviar a atenção.
E aqui neste último ponto, no desviar a atenção, acrescenta-se… contar números. Está focado, não num objecto, mas numa sequência de números; centra-se em algo simples e repetitivo – pode servir para distrair a mente e reduzir a sensação de sobrecarga que muitas vezes acompanha um ataque de pânico. É a tal focalização: colocar o foco em algo menos ameaçador.
Além disso, a contagem também pode activar o sistema nervoso parassimpático, diminuindo os sintomas físicos do pânico, como os já mencionados aceleração do coração e respiração ofegante.
Pode contar de 1 a 10, contar de trás para frente; ou então pensar em números aleatórios, nunca seguidos (que até deverá exigir maior foco).