Quarta derrota seguida para dragão perdido

Estela Silva / Lusa

O FC Porto continua a só saber perder em 2025. O primeiro jogo após a saída de Vítor Bruno terminou como tinham terminado os últimos três sob as ordens do anterior técnico: em derrota.

Frente ao Olympiacos, os “dragões” até dominaram quase por completo o primeiro tempo, mas reais ocasiões de golo nem vê-las.

Depois, no segundo tempo, foram permitindo que a turma grega conseguisse sair mais vezes para o contra-ataque e um desentendimento defensivo entre Nehuén Pérez e Zé Pedro permitiu a El Kaabi assinar o único golo do jogo, já no quarto-de-hora final.

Fábio Vieira ainda ameaçou o empate, mas o FC Porto perdeu mesmo e as contas da luta por um lugar no play-off na Liga Europa complicaram-se…

O Porto dominou os primeiros 45 minutos, com 59% de posse de bola e 17 acções na grande área contrária, explorando sobretudo a ala esquerda, com Galeno em evidência.

Porém, metade dos oito remates desferidos pelos “dragões” na primeira parte foram bloqueados por defesas contrários e só bem perto do intervalo houve real perigo.

Nehuém Pérez não conseguiu encostar à boca da baliza e, na recarga, Galeno viu Tzolakis, guarda-redes do Olympiacos, fazer a mancha e defender aquele que foi o único remate dos “dragões” no alvo no primeiro tempo.

Logo a seguir foi a vez do Olympiacos – que na primeira parte teve apenas uma acção com bola na grande área “azul-e-branca” – fazer também o seu único remate no alvo nos 45 minutos iniciais, para defesa segura a Diogo Costa.

A segunda parte começou mais dividida, com o Olympiacos a conseguir surgir mais vezes em transições rápidas no meio-campo “azul-e-branco”, mas os lances de perigo continuaram a escassear de parte a parte.

E, com o jogo partido, já dentro do quarto-de-hora final, Nehuén Pérez desentendeu-se com o recém-entrado Zé Pedro e El Kaabi aproveitou para marcar o único golo da partida. Fábio Vieira ainda ameaçou, sem sucesso, o empate, no segundo e último (em 16) remate enquadrado do Porto no jogo.

O Jogo em 5 Factos

1. Porto pouco pressionante

Pouco intenso, o FC Porto chegou ao final do jogo com apenas cinco acções defensivas no meio-campo contrário (três na primeira parte, duas na segunda). À meia-hora de jogo ainda não tinha logrado nenhuma.

2. Muitos passes falhados

Os “dragões” ainda não tinham falhado tantos passes como esta quinta-feira num jogo da Liga Europa esta temporada. Ao todo, foram 92 os passes falhados pela equipa, desta feita orientada por José Tavares (79% de eficácia). E desses 92 passes falhados, 30 foram de alto risco. Do outro lado o Olympiacos não esteve melhor: 84 passes falhados e apenas 73% de eficácia.

3. Demasiados remates sem a direcção certa

O Porto terminou a partida com 16 remates. Porém, só dois (um no quarto-de-hora final de cada uma das partes) levaram a direcção da baliza do Olympiacos. Desses 16 disparos, sete esbarraram em defesas contrários.

4. Mais de metade dos duelos aéreos perdidos

O Porto ainda não tinha travado tantos duelos aéreos defensivos nesta Liga Europa. Foram, ao todo, 21. O preocupante é que ganhou menos de metade (38%). E a história foi igual no ataque: novo máximo de duelos aéreos ofensivos travados (26), mas só 46% ganhos.

5. Muitas acções na área para tão poucas oportunidades

O “dragão” terminou o encontro com 32 acções com bola na grande área do Olympiacos. Contudo, apenas criou uma grande oportunidade de golo em todo o jogo, como mostram os 1,1 Golos Esperados (xG).

Estela Silva / Lusa

Melhor em Campo

Excelente exibição de Christos Mouzakitis, jovem médio grego de 18 anos, quer no capítulo ofensivo, quer no defensivo. Foi dele a assistência para único golo do encontro, destacou-se ainda com quatro passes progressivos, ganhou nove duelos em 11 e totalizou seis desarmes e quatro acções defensivas no meio-campo do FC Porto.

Resumo

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