No terceiro trimestre do ano, venderam-se cerca de 41 mil casas em Portugal. Ainda assim, os preços aumentaram em quase 10%.
Quem compra uma casa em Portugal pode esperar gastar mais de 220 mil euros. Mas o valor aumenta quando se fala de casas novas. Nesses casos, pela primeira vez desde que há registos, o valor ultrapassa os 300 mil euros.
Os dados relativos ao preço da habitação do terceiro trimestre de 2024 foram divulgados esta segunda feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Como aponta no site o INE, “entre julho e setembro de 2024 realizaram-se 40 909 transações de alojamentos“, num valor total de “9,1 mil milhões de euros, mais 28,0% que no trimestre homólogo”. No 3º trimestre de 2024 venderam-se 35 462 habitações por quase 6,5 mil milhões de euros — o número de transações aumentou quase 8% face ao ano anterior.
Como aponta o Público, seria necessário recuar até 2010 para que se encontrasse um trimestre onde tenha sido vendido um número tão grande de habitações por estrear.
O valor médio de uma habitação em Portugal situa-se, agora, nos 221 mil euros. Mas, tendo em conta apenas as habitações novas, foram vendidas 8602 casas no terceiro trimestre, por mais de 2,5 mil milhões de euros, o que fez subir o preço médio deste tipo de habitação para mais de 300,3 mil euros.
A região recordista foi a Grande Lisboa, onde se compraram 19,4% do total das casas este trimestre. É também a região onde se gasta mais dinheiro — o valor total das transações efetuadas atinge os 32,6% do bolo total do país.
No lado oposto, está a Região Autónoma dos Açores, onde se compraram apenas 1,7% das casas que foram vendidas este trimestre. O valor das transações também não ultrapassa 1,3%. O menor aumento na compra de casas foi no entanto registado no Algarve — 1,98% nas vendas e de 0,48% no valor total transacionado.
Mas o lugar onde as casas são mais baratas é o Alentejo, que ultrapassou a Região Centro. No Alentejo, cada casa custa em média 113 mil euros por casa.
Quem registou a maior subida na compra de casas foi Região Autónoma da Madeira, onde se venderam 977 casas no terceiro trimestre deste ano, mais 34% do que no ano passado.