Galo deixa leão com liderança em risco

Manuel Fernando Araújo / Lusa

Nulo deixa liderança sportinguista da Liga em risco. Os “leões” foram incapazes de quebrar a organização defensiva dos gilistas, produzindo muito pouco para conseguir justificar os três pontos.

A uma primeira parte desinspirada, previsível e sem criatividade, sucedeu-se um segundo tempo em que as entradas de Matheus Reis e Geny trouxeram mais dinamismo aos “verdes-e-brancos”.

No entanto insuficiente para ultrapassar o bloco defensivos dos “galos”, com o “patrão” Gbane e o inspirado Andrew a fecharem todos os caminhos para a baliza.

A primeira parte entre Gil Vicente e Sporting foi marcada por um ritmo lento e poucas oportunidades de golo.

O Sporting dominou a posse de bola durante a maior parte do tempo (60%), mas não conseguiu traduzir esse controlo em acções ofensivas de grande perigo, pois praticamente metade (150) dos 310 passes efectuados foram executados pelos três centrais leoninos, com Hjulmand muito sozinho a tentar pegar no jogo.

Gyökeres foi o mais activo no ataque leonino, com três remates, incluindo um cabeceamento na sequência de um dos muitos cruzamentos de Araújo (cinco), sendo a única ocasião de real perigo para os visitantes.

Bruno Pinheiro incumbiu a marcação individual de Gyökeres a Gbane, com o marfinense a encaixar entre os centrais e a travar as investidas leoninas com sete acções defensivas.

Os gilistas, apesar de terem menos posse (40%), conseguiram em alguns momentos progredir no terreno e tentaram um remate enquadrado por intermédio de Santi García.

Na segunda metade, os ”leões” subiram de rendimento com as entradas de Matheus Reis e Geny Catamo.

O extremo dinamizou o ataque, progredindo muitos metros com bola (112) e procurando o cruzamento (três), mas Harder e Trincão esbarraram no inspirado guarda-redes adversário.

Até ao final, o Sporting tentou de forma desorganizada chegar à vitória, mas o Gil Vicente resistiu e garantiu um ponto precioso, mantendo a organização defensiva e explorando o desgaste do adversário. Um empate num jogo onde o Sporting nunca conseguiu superar as suas limitações ofensivas.

O Jogo em 5 Factos

1. Explorar o jogo exterior

O Sporting atingiu o seu novo máximo de cruzamentos na Liga (26). Com o corredor central dos gilistas bem fechado, este foi o recurso encontrado pelos “leões” na tentativa de criar oportunidades. Destaque individual para Maxi Araújo com sete tentativas e Quenda com quatro.

2. Gil tenta ter bola

Apesar do bloco baixo, a turma de Bruno Pinheiro, após recuperar a posse de bola tentou sempre ter um futebol positivo de posse, no entanto esbarrou no excelente posicionamento dos jogadores sportinguistas, permitindo aos “leões” atingir o seu novo máximo de intercepções na Liga (13).

3. Galo não bica

O Gil Vicente registou apenas três remates, sendo que mais baixo que isso apenas os zero do Rio Ave ante o Porto e os… dois do Gil Vicente também frente aos “dragões”. Nesta partida, os minhotos acumularam apenas 0,08 xG.

4. “Leões” seguram bola

O Sporting fixou o seu novo mínimo de desarmes permitidos (três), fruto da tendência da equipa de João Pereira em circular a bola em detrimento de arriscar no 1×1.

5. Sem “crista” na frente

Apesar dos dez cruzamentos tentados, a turma de Barcelos não conseguiu completar nenhum, o que explica em parte a total inoperância ofensiva da equipa.

Melhor em Campo

As sete defesas de Andrew foram todas a remates realizados dentro da sua área, pelo que quase igualou o máximo da Liga (oito) no que toca a paradas a disparos na área. Destaque para as defesas a remates de Harder e Trincão. O brasileiro terminou a partida com 1,3 golos evitados (defesas – xSaves).

Resumo

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