O Benfica venceu na visita ao Arouca por 2-0 e aproximou-se do Sporting na tabela, estando agora a cinco pontos dos “leões” e com um jogo a menos. Contudo, o triunfo “encarnado” foi mais complicado do que o resultado pode fazer transparecer.
Os arouquenses foram incómodos e perigosos no primeiro tempo e só através de um autogolo os visitantes inauguraram o marcador.
No segundo tempo o Benfica criou muitos lances, mas falhou três ocasiões flagrantes (todas por Pavlidis) e só de Penálti, cobrado por Di María, conseguiu tranquilizar-se.
O Benfica chegou ao intervalo em vantagem, mas a tarefa não foi nada fácil.
Não só o tento “encarnado” surgiu de um autogolo de José Fontán, como os lisboetas apenas remataram pela primeira vez aos 22 minutos, dez volvidos após o golo.
Ao invés, o Arouca foi criando perigo, viu Trubin evitar o tento anfitrião ao travar um chapéu e houve ainda uma bola a roçar o poste esquerdo benfiquista. A superioridade da “águia” esteve apenas nas acções com bola na área contrária, aí sim com uma diferença assinalável.
Os primeiros minutos do segundo tempo foram repartidos, com o Arouca a tentar reagir à desvantagem, mas sensivelmente a partir dos 65 minutos, o Benfica passou a pressionar muito e criou uma grande quantidade de ocasiões para marcar, falhando muito na finalização.
Só que Nico Mantl fez falta sobre Leandro Barreiro na grande área e as “águias” ampliaram de penálti por Di María. Nesta fase já os lisboetas controlavam em absoluto o jogo e o Arouca pouco ou nada conseguiu fazer para o contrariar.
O Jogo em 5 Factos
1. Muitas acções na área, em especial no 2º tempo
Na primeira parte o Benfica acumulou 12 acções com bola na área contrária, mas terminou com 32, juntando as 20 do segundo tempo, altura em que as “águias” criaram mais perigo. O Arouca ficou-se pelas 13.
2. Aposta no passe longo
Talvez resguardando-se do esforço despendido no Mónaco, o Benfica esteve grandes períodos mais na expectativa do que assumindo o ataque, com especial incidência no primeiro tempo. Talvez por isso tenha apostado bastante nos passes longos, tendo contabilizado 54 (com eficácia em precisamente metade), igualando o máximo da equipa na Liga – a média era de 38 até este jogo.
3. Cruzamentos em vão
Este foi um jogo em que os cruzamentos de bola corrida fora quase todos em vão. Ao todo registaram-se 22, dos quais 13 do Arouca e nove do Benfica, e apenas três foram eficazes (2-1).
4. Arouca de pontaria afinada… de longe
Os arouquenses podem orgulhar-se de terem causado muitos problemas ao Benfica, ao ponto de terem enquadrado cinco dos seus 12 remates, algo que é máximo da equipa na Liga (a média era de 2,4). As dificuldades anfitriãs em entrarem na área benfiquista ficam demonstradas pelos dez remates de fora da área (em 12).
5. Vangelis de música desafinada
O grego do Benfica, Vangelis Pavlidis, esteve tudo menos inspirado na finalização. O ponta-de-lança rematou três vezes, todas para ocasião flagrante e falhou-as todas, igualando o máximo de perdidas nesta Liga (junto a outros três jogadores).
Melhor em Campo
Mais uma prova das dificuldades que o Benfica sentiu. O Arouca rematou 12 vezes, enquadrou cinco, e obrigou Anatoliy Trubin a aplicar-se. O ucraniano não cometeu qualquer erro, registou cinco defesas (uma delas a travar uma ocasião flagrante) que garantiram 1,3 golos evitados (defesas – xSaves).
Resumo
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