O bairro lisboeta é o 30º mais caro do mundo. As rendas escalam cada vez mais — e o “apetite” das lojas de luxo por Portugal também.
O Chiado, em Lisboa, ocupa o 30º lugar no ranking da Cushman & Wakefield, Main Streets Across the World, que analisa as 138 ruas mais caras do mundo.
Desceu uma posição face a 2023, mas o aumento das rendas no local, consideradas maioritariamente “rendas prime“, que atingem agora o marco histórico de 1620 euros por metro quadrado, por ano. Este valor coloca o bairro português no nono lugar do top 10 do aumento de rendas a nível mundial (com um aumento de 8% face ao ano passado), destaca o DN, que teve acesso a um comunicado da consultora.
O diretor do departamento de retalho da Cushman & Wakefield Portugal, João Esteves, escreve nesse comunicado que “a posição que o Chiado ocupa, quer no ranking global quer no Top 10 de subida de rendas a nível mundial, é um reflexo da enorme procura das marcas por localizações de topo”.
“No Chiado e em outras localizações prime em Portugal, sobretudo em Lisboa e no Porto, a elevada taxa de ocupação e a diminuta rotatividade acabam por justificar este aumento de preços, sendo algo que o mercado aceita com alguma naturalidade, de acordo com o que temos vindo a verificar”, conta o diretor da consultora portuguesa.
O principal setor que se instalou este ano no Chiado é o da restauração, que ocupa mais de metade da área adquirida, seguido pela moda, que ocupa 20% do espaço adquirido este ano. Nos últimos anos, contabilizaram-se 50 novas aberturas no Chiado, que ocuparam 5800 metros quadrados.
Mas Portugal ainda está muito longe de ter o espaço mais caro do mundo — e os moradores agradecem, já que a renda mensal no local é muito elevada.
No top 1 do ranking da consultora está a Via Montenapoleone, em Milão, onde as rendas aumentaram quase um terço nos últimos dois anos. Itália superou, agora a icónica Quinta Avenida, em Nova Iorque, na primeira vez que uma rua europeia fica em primeiro lugar na análise da consultora.
Os valores dos arrendamentos de imóveis construídos para habitação e outros não sobem por causa do “aumento da procura” ou do “mercado de arrendamento” (que nem sequer existe), nem por causa da inflação, é mentira, nem tão pouco por causa dos Estrangeiros que estão a ser deslocados para Portugal, ou pela procura por parte das marcas de “luxo”, mas sim devido à chamada “lei das rendas” que liberalizou e desregulou as rendas dos imóveis fazendo com que estas atinjam valores que não correspondem à realidade.
Basta revogar a ilegal, criminosa, e inconstitucional “lei das rendas” criada pela ex-Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Maria Graça, e o valor dos arrendamentos volta ao normal.
A liberalização e desregulamento dos valores das rendas dos imóveis também serve para auxiliar na lavagem de dinheiro.