São sintomas iniciais que podem ser fáceis de ignorar – mas que são críticos para um diagnóstico precoce desta doença.
O cancro da próstata é um dos problemas mais comuns entre os homens. É tumor dominante no homem.
Em Portugal é mesmo a segunda principal causa de morte por cancro em homens acima dos 50 anos de idade, segundo a Associação Portuguesa de Urologia.
Em Portugal cerca de 21% dos cancros sejam da próstata, com estimativas a apontar para cerca de 6 mil novos casos por ano, com mortalidade de entre 1.500 e 2.000 homens por ano.
Mas há um problema sério nesta doença (como noutras, diga-se): muitos homens nem se apercebem de que têm cancro na próstata.
Um estudo realizado no Reino Unido mostra que 76% dos homens desconhecem os sinais de cancro da próstata. E mais: 25% não conseguem mesmo identificar qualquer sintoma.
Além disso, quase metade dos homens não sabe localizar a próstata.
No âmbito do Dia Mundial do Combate ao Cancro da Próstata, que se assinala neste domingo, 17 de Novembro, o Instituto de Terapia Focal da Próstata destaca que o diagnóstico precoce é essencial e eficaz.
É fundamental detetar o cancro da próstata em fases iniciais, quando ainda há fortes hipóteses de cura.
Mas, para chegarmos a esse ponto, é essencial os homens conhecerem e identificarem sinais. São sintomas iniciais que podem ser fáceis de ignorar, que passam despercebidos – mas que são críticos para um diagnóstico precoce desta doença.
Sanches Magalhães, urologista e fundador do instituto, apresenta os 5 sinais mais frequentes: aumento da frequência urinária, urgência em urinar, dificuldade em iniciar a micção, fluxo fraco ou a sensação de que a bexiga não esvazia completamente.
E ainda há outros 3 sinais de alerta: dor ao urinar, sangue na urina ou no sémen e dores na zona lombar, quadris ou coxas.
Estes sintomas podem ter origem benigna, mas a sua persistência é motivo para consulta médica e, possivelmente, para um teste PSA (antigénio específico da próstata).
Os homens com mais de 50 anos podem pedir um teste PSA ao seu médico de família, independentemente de sintomas. Os mais novos, a partir dos 40 anos, devem considerar este teste se tiverem histórico familiar ou sintomas persistentes.
Para homens com histórico familiar de cancro da próstata ou cancro nos ovários ou mama do lado materno, a vigilância através de PSA é ainda mais recomendada.
Um aumento gradual do PSA pode justificar um exame de ressonância magnética para verificar a presença de tumores na próstata.
Sanches Magalhães reforça que, na maior parte dos casos, o diagnóstico é feito em fases em que se consegue tratar e erradicar a doença.