O mítico “Salão do Rei Artur” é afinal 5 vezes mais antigo do que se pensava

flotsom / Depositphotos

King Arthur’s Hall, na Cornualha

O sítio arqueológico remonta à pré-história — e constitui um monumento de pedras que pode revelar novos dados sobre os antepassados da Cornualha .

“A paisagem selvagem e remota de Bodmin Moor, na Cornualha, inspirou séculos de lendas, mas esta nova descoberta extraordinária mostra como a ciência pode ajudar a criar histórias igualmente intrigantes”, conta à BBC Rob Batchelor, um dos arqueólogos responsáveis pelo novo empreendimento arqueológico.

Uma nova escavação levada a cabo no local (que contou mesmo com a ajuda de população voluntária) e posterior análise do “monumento”, que consiste em pedras dispostas na vertical, descobriu que, ao contrário do que se pensava, este lugar é pré-histórico.

O King Arthur’s Hall (“Salão do Rei Artur”, traduzido à letra), como é conhecido o local associado ao mitológico rei inglês, remonta afinal a 4 mil anos antes, ao período neolítico, explica o Historic England.

O exame geológico das pedras em pé sugeriu que elas vieram “de um raio de 250 metros do local e foram possivelmente escavadas do interior e não de um local distante”, escreveu a Historic England.

Os investigadores da Unidade Arqueológica da Cornualha (CAU) começaram a escavação em 2022. Agora, as amostras retiradas do monumento, incluindo pólen, insetos e ovos de parasitas, foram datadas por radiocarbono.

O local está no Registo de Risco do organismo devido à vegetação excessiva e ao risco de erosão provocado pelos visitantes e pelo gado, explica a BBC.

Quem passar pelo conjunto singelo de pedras na Cornualha pode não se aperceber da dimensão histórica do local, aparentemente vulgar.

“Saber quando foi construído o King Arthur’s Hall ajudar-nos-á a compreender melhor esta forma única de monumento, como poderá ter sido utilizado originalmente e como poderá ter sido utilizado ao longo do tempo”, explica Batchelor.

Mas a descoberta pode ser importante para estudar a população da época: “Uma análise mais aprofundada destes núcleos de sedimentos pode ainda revelar mais sobre o que os nossos antepassados da Cornualha faziam ali e o seu impacto no ambiente local”.

ZAP //

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