Casa de Netanyahu alvo de ataque. Corpo de Sinwar pode ser trocado por reféns

Amir Cohen / EPA

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel

A casa do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, foi alvo de um ataque com um drone vindo do Líbano, este sábado, menos de 48h depois da morte do líder de Yahya Sinwar.

Israel confirmou que um drone que atingiu Cesareia tinha como alvo a residência privada do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, nessa cidade, mas que nem ele nem nenhum membro da sua família se encontravam na casa.

“Foi lançado um drone contra a casa do primeiro-ministro em Casareia. O primeiro-ministro e a sua mulher não se encontravam no local e não houve feridos no incidente”, refere um comunicado do gabinete de Benjamin Netanyahu, citado pela agência EFE.

Um drone atribuído a uma milícia xiita libanesa do Hezbollah atingiu a cidade costeira mediterrânica no centro de Israel, tendo outros dois sido intercetados.

“Na última hora foram detetados três veículos aéreos não tripulados a atravessar o Líbano para território israelita. Dois deles foram intercetados e um terceiro atingiu a zona de Casareia”, refere um comunicado do exército israelita.

As sirenes também foram ativadas na base militar de Glilot durante o incidente.

A casa de férias de Benjamin Netanyahu em Cesareia foi alvo de numerosos protestos de israelitas nos últimos dois anos.

Resposta à morte de Sinwar?

Israel eliminou, esta quinta-feira, Yahya Sinwar, líder do Hamas e cérebro dos ataques de 7 de outubro 2023.

Nascido em 1962 num campo de refugiados na cidade de Khan Yunis, em Gaza, Sinwar foi um dos primeiros membros do Hamas, formado em 1987, e acabou por liderar o braço de segurança do grupo.

Passou 22 anos numa prisão israelita até ser libertado em 2011, durante a troca de mais de mil prisioneiros palestinianos pelo soldado israelita Gilad Shalit, detido em Gaza, foi descrito por aqueles que o interrogaram como uma pessoa “extremamente inteligente”.

Netanyahu, reagiu à morte de Sinwar como “o início do dia depois do Hamas“, realçando, contudo, que “a missão ainda não está completa”.

Estas palavras deixam antever que a guerra em Gaza está longe de acabar.

De acordo com o The Jerusalem Post, Israel vê a morte do líder do Hamas como uma oportunidade única para fazer regressar reféns.

Fonte diplomática israelita confirmou que o corpo de Sinwar poderá ser utilizado como “moeda de troca” para a libertação de reféns israelitas: “Se o Hamas quiser trocar os restos mortais de Yahya Sinwar por israelitas, vivos ou mortos, tudo bem”.

33 mortos em ataque israelita a Jabalia

Na noite desta sexta-feira, pelo menos 33 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas num ataque israelita ao campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza.

“O número de vítimas […] ascende a 33 mortos e dezenas de feridos”, frisou Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil da Faixa de Gaza, organização dependente do movimento islamista palestiniano Hamas.

Fonte médica do hospital Al-Awda tinha indicado à agência France-Presse (AFP) que a instituição recebeu “22 mortos e 70 feridos” na sequência deste ataque que atingiu a zona de Tal az-Zaatar do campo de refugiados palestinianos.

A agência noticiosa oficial palestiniana Wafa, que citou fontes do Hospital Al-Awda, adiantou que entre os civis que morreram havia cerca de 20 crianças e mulheres.

Já a agência de notícias palestiniana Sanad divulgou um vídeo que mostra numerosos corpos enrolados em cobertores, numa reportagem em que indica que 30 pessoas morreram num bombardeamento israelita contra uma casa no campo de Jabalia.

ZAP // Lusa

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