Os meteorologistas espaciais anunciaram que as auroras boreais vão poder continuar a ser vistas em locais menos habituais, como Portugal, enquanto continuam a ocorrer as fortes tempestades solares que permitem este fenómeno.
As fortes tempestades solares este ano desencadearam auroras cintilantes muito mais a sul do que o habitual, como em Portugal, enchendo os céus com tons de rosa, roxo, verde e azul.
O caso mais recente aconteceu na semana passada. O céu noturno ficou mais colorido, especialmente em regiões montanhosa do centro e norte do país.
O meteorologista Márcio Santos recolheu e compilou nas suas redes sociais as melhores fotografias deste fenómeno.
Aurora em Vimioso, Terras de Trás-os-Montes, Portugal 🇵🇹#auroraborealis #northernlights pic.twitter.com/0TwFOXp15Z
— Márcio Santos – Meteorologia e Ambiente (@MeteoTrasMontPT) October 10, 2024
Aurora boreal em Macedo de Cavaleiros, Terras de Trás-os-Montes, visível a olho nú! #auroraborealis #nothernlights pic.twitter.com/grDsdDJSZg
— Márcio Santos – Meteorologia e Ambiente (@MeteoTrasMontPT) October 10, 2024
Castelo Branco, Beira Baixa, Portugal 🇵🇹#northernlights #AuroraBorealis pic.twitter.com/c80wnuUM77
— Márcio Santos – Meteorologia e Ambiente (@MeteoTrasMontPT) October 11, 2024
O sol está atualmente na fase máxima do seu ciclo de 11 anos, tornando os ‘surtos’ solares e as auroras boreais mais frequentes.
Como explicaram a agência espacial norte-americana (NASA) e a agência dos EUA para os Oceanos e a Atmosfera (NOAA) à Associated Press, espera-se que este período ativo dure pelo menos mais um ano, embora o momento em que a atividade solar atingirá o pico só será conhecido meses depois do facto.
Este ciclo solar produziu auroras mais coloridas mais a sul e é provável que surjam mais, destacou Kelly Korreck, da NASA.
“Ainda podemos conseguir alguns bons espetáculos nos próximos meses”, garantiu a cientista.
Estas tempestades também podem interromper a energia e as comunicações, temporariamente.
Antes de uma explosão solar, a NOAA alerta os operadores de centrais elétricas e naves espaciais em órbita.
Em maio, a NOAA emitiu um aviso raro de tempestade geomagnética severa.
A tempestade que atingiu a Terra foi a mais forte em mais de duas décadas, produzindo auroras boreais em todo o hemisfério norte.
Nesse mesmo mês, os cientistas registaram a maior erupção do Sol, mas a Terra estava fora do caminho.
Os ciclos solares anteriores produziram tempestades mais intensas do que as de maio, pelo que os meteorologistas espaciais estão de olho no Sol para se prepararem para quaisquer perturbações importantes, frisou Bill Murtagh, da NOAA.
Na semana passada, uma poderosa tempestade solar deslumbrou os observadores do céu longe do Círculo Polar Ártico, quando auroras apareceram em lugares inesperados, incluindo Alemanha, Reino Unido, Nova Inglaterra e Nova Iorque.
ZAP // Lusa