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Há zonas em Portugal onde está mais frio durante o dia do que de madrugada

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Ainda a amplitude térmica de apenas um grau. IPMA deixa explicações e acrescenta factos que podem surpreender.

Logo no primeiro dia de Outubro, algo saltou à vista na previsão meteorológica para Portugal continental.

No meio de chuva para quase todo o Norte e Centro, as amplitudes térmicas variavam muito: dos 15 graus em Castelo Branco e Évora, para 1 grau no Porto.

Sim, no Porto, para aquele dia previa-se que a temperatura mínima na cidade portuense seria 18 graus e a máxima 19 graus. Apenas 1 grau de diferença entre a mínima e a máxima.

Não é tão raro como pensávamos. A área de Previsão Meteorológica e Vigilância do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) deixou-nos explicações, mais tarde.

Estas amplitudes térmicas de apenas 1 grau – ou de 3 graus, como em Viana do Castelo naquele dia – são habituais no Outono e no Inverno. Acontecem sobretudo em situações de céu encoberto e com precipitação – sobretudo se chover durante o dia.

Porquê?

Há quatro factores que justificam estas amplitudes térmicas diárias tão baixas.

Primeiro, a reduzida radiação solar que atinge a superfície terrestre quando o céu está encoberto. Segundo, a elevada humidade do ar.

Terceiro, a precipitação. E quarto, a alteração da massa de ar (ar quente durante a noite e transporte de ar frio a partir do início da manhã, por exemplo).

Mais frio de dia

E o IPMA ainda partilhou uma revelação extra: a temperatura durante o dia pode mesmo ser mais baixa do que a temperatura observada durante a madrugada.

Não é muito comum, mas acontece; em especial em zonas do interior e de montanha.

Ou seja, nesses cenários as temperaturas mínima e máxima até poderão ser iguais (na aproximação às unidades).

O IPMA explica ainda que, devido a constrangimentos intrínsecos à própria atmosfera, uma previsão meteorológica para um dado local e hora deve ser interpretado como o cenário “base” (ou seja, mais provável) – logo não é a realidade.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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1 Comment

  1. O uso indevido da tecnologia de geo-engenharia deve ser considerado um acto de guerra e de terrorismo contra Portugal e os Portugueses.

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