O escritor Luís Miguel Rocha, 39 anos, autor da obra “O Último Papa”, morreu esta quinta-feira em Mazarefes, distrito de Viana do Castelo, vítima de doença prolongada.
De acordo com uma fonte próxima da família, o escritor encontrava-se doente há algum tempo, esteve internado no Hospital de Viana do Castelo e nos últimos dias estava em casa da família, em Mazarefes.
Nascido no Porto, em fevereiro de 1976, o autor português escreveu vários livros com sucesso internacional, como “O Último Papa” (2006, editora Saída de Emergência), que expõe uma teoria sobre a misteriosa morte de Albino Luciani, o Papa João Paulo I, envolvendo a maçonaria italiana, e “A Filha do Papa” (2013, Porto Editora), sobre segredos do Vaticano.
Fonte da Porto Editora contactada pela agência Lusa indicou que o corpo do escritor vai estar em câmara ardente a partir do final da manhã desta quinta-feira na Capela das Boas Novas, em Mazarefes, e o funeral realiza-se na sexta-feira, às 16h, para o cemitério local.
Luís Miguel Rocha começou a vida profissional como repórter de imagem, tradutor e guionista. Viveu dois anos em Londres, onde supervisionou guiões para produtores britânicos, mas voltou a Portugal e residia no Porto, dedicando-se exclusivamente à escrita.
Em 2005 publicou a primeira obra, “Um País Encantado” (Planeta Editora), seguindo-se “O Último Papa” (2006), “Bala Santa” (2007, Paralelo), “A Virgem” (2009, Mill Books), “A Mentira Sagrada” (2011, Porto Editora), a “A Filha do Papa” (2013) e “A Resignação” (2014).
As suas obras estão publicadas em mais de 30 países, desde o Reino Unido, Estados Unidos, Brasil e Polónia.
“Bala Santa” (publicado em inglês com o título “The Holy Bullet”), sobre o atentado a Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II, vendeu mais de meio milhão de exemplares em todo o mundo, segundo a editora, e deu-lhe entrada para o top de best-sellers do jornal New York Times em 2009.
Por abordar temas ligados com o Vaticano, a obra de Luís Miguel Rocha tornou-se polémica e foi por vezes criticado por explorar temas religiosos como fez o norte-americano Dan Brown, autor de “O Código Da Vinci”.
Em várias entrevistas, Luís Miguel Rocha sustentou que nunca escrevia sobre religião, mas sobre “temáticas políticas dentro de um Estado chamado Vaticano que por acaso é onde se administra a Igreja Católica”.
/Lusa