O empresário Humberto Drumond é suspeito de corromper membros do governo regional para obter contratos públicos. Em troca, Drumond dava descontos ao PSD Madeira em produtos de merchandising.
Humberto Drumond, o empresário madeirense que está no centro de uma investigação a uma alegada rede criminosa de financiamento ao PSD da Madeira, declarava o salário mínimo às Finanças.
Segundo as autoridades, Drumond usou a sua influência junto de membros do governo regional para obter contratos públicos vantajosos para as suas empresas desde 2015. Em troca, oferecia descontos ao PSD/Madeira em materiais de campanha, como t-shirts e brindes, explica o Público.
A investigação, conduzida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal Regional de Lisboa, revela que entre 2020 e 2024, as empresas de Drumond celebraram contratos com o governo regional que totalizam mais de um milhão de euros.
O processo foi facilitado pela nomeação da sua companheira para chefe de gabinete do secretário regional da Agricultura em 2019, um amigo e ex-sócio de Drumond. Em muitos casos, os contratos eram direcionados para empresas indicadas pelo próprio empresário, e as especificações dos concursos públicos eram ajustadas para favorecer as suas firmas.
As irregularidades não se limitavam aos contratos. Em 2022, a secretaria regional da Agricultura pagou mais de 44 mil euros por brindes publicitários que nunca foram completamente entregues. Em outro caso, a empresa de Drumond forneceu equipamentos para um ginásio pertencente à filha do presidente da Câmara da Calheta, mas a fatura foi consideravelmente inferior ao valor real dos bens, sendo a diferença compensada com a adjudicação de contratos ao empresário.
A investigação também menciona reuniões realizadas na residência oficial do presidente do governo regional, Miguel Albuquerque, onde se teria acordado que Drumond seria o responsável pelo fornecimento de materiais de campanha para as eleições regionais de 2023. No entanto, o empresário foi apanhado em escutas a queixar-se de que o PSD lhe devia cerca de 300 mil euros por serviços prestados.
Apesar das acusações graves, incluindo mais de 50 crimes, Drumond e outros sete arguidos foram libertados após serem ouvidos por uma juíza de instrução criminal, embora o Ministério Público tenha pedido prisão preventiva para o empresário.
Isto já nem é notícia… são todos iguais, é tudo para meter ao bolso dinheiro fácil….
Isto nem devia ser notícia. O processo vai demorar 10 anos, o Zé paga, como sempre, é eles continuam a “governar-se”…
Não vai a julgamento, tudo irá prescrever.
No dia em que vasculharem a CM P. Delgada e mesmo o GR Açores dos últimos 20 anos, vai parecer que aqui é a Sicília de Portugal…..
Infelizmente a Madeira continua a sofrer deste mal… Todos são (facilmente) corruptíveis e há velhos hábitos do anterior “regime” que se mantêm bem presentes. É só gameleiros!
Não faltam salários mínimos, declarados! Se fosse só esse!