Código familiar impede burlas

Num contexto com cada vez mais vozes clonadas, uma palavra de código entre a família é um passo essencial rumo à segurança. Mas há outros.

As burlas não mostram sinais de abrandar. Pelo contrário, são cada vez mais e cada vez mais avançadas, até ao telefone.

Entre Janeiro e Junho deste ano, houve mais de 19 mil milhões de chamadas assinaladas como spam a nível global; 107 milhões de chamadas por dia, em média.

Em Portugal, cada pessoa recebe em média 5 chamadas de spam por mês. E muito deste “bolo” é composto por telefonemas fraudulentos.

A fraude por telefone é um dos crimes que se têm tornado mais sofisticados. Especialmente nos anos mais recentes, devido ao progresso da Inteligência Artificial.

Antes, o burlão simulava que era de uma determinada profissão, ou que estava a falar em nome de uma empresa (e ainda há deste tipo). Mas agora o patamar é outro: clonagem de voz.

O software permite imitar a voz de alguém que conhecemos, normalmente de um familiar, e foi-se tornando cada vez mais acessível e eficaz ao longo do tempo.

Assim, o burlão simula que é um familiar e pede dinheiro urgentemente, alegando que está a passar por uma emergência: acidente ou doença grave, ou até um problema no banco.

Como conseguem a voz de alguém? Com amostras encontradas nas redes sociais para clonar as vozes das pessoas que nos são próximas.

São burlas que se têm tornado muito eficazes. Mas a NordVPN tem algumas sugestões para tentar escapar a estes crimes.

A primeira é essencial: criar uma palavra de código para, e com, a família. Um código secreto que só os nossos familiares conhecem. Por muito bem imitada que esteja a voz, o burlão ficará encurralado se lhe perguntar qual é o código. Não sabe (em princípio).

A segunda dica parece básica, mas muitas pessoas esquecem-se naquele momento de alegada aflição: desligue a chamada e ligue para o número real da pessoa. Essas chamadas fraudulentas costumam chegar de números desconhecidos. Confirme quem está do outro lado, seja com novo telefone, seja por escrito.

Ter uma lista de contactos de emergência também pode ser útil. Nessa lista ficam familiares e amigos próximos que possam ser contactados rapidamente para averiguar situações suspeitas.

Por fim: cuidado com o que publica na internet. Tudo pode ser aproveitado e as redes sociais são o maior repositório público de amostras de voz para os cibercriminosos.

ZAP //

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