A funcionária terá chamado o rapaz pelo nome durante o ataque, o que o fez parar. As motivações continuam desconhecidas.
Na tarde de terça-feira, um aluno de 12 anos esfaqueou seis colegas na Escola Básica Integrada da Azambuja, em Portugal. O ataque foi interrompido quando uma funcionária chamou o agressor pelo nome, levando-o a cessar a violência.
De acordo com o JN, o jovem agradeceu à funcionária pela intervenção. Três vítimas, todas meninas entre 11 e 14 anos, permaneceram hospitalizadas, mas sem correr risco de vida. Outras duas alunas já receberam alta e o sexto estudante não precisou de internamento.
O agressor, um aluno do 7.º ano, foi formalmente detido e levado para um hospital pediátrico para avaliação psicológica. A Polícia Judiciária está a investigar o caso, mas as motivações do ataque ainda não foram esclarecidas.
Segundo informações, o rapaz, filho de uma professora de ensino especial e de um segurança, era considerado tranquilo e bom aluno. Relatos iniciais sugeriram que ele poderia ter sido vítima ou autor de bullying, mas o presidente da Câmara Municipal da Azambuja negou essa hipótese.
No dia seguinte ao ataque, cerca de 130 dos 450 estudantes da escola não compareceram às aulas, possivelmente devido ao medo. A presença de militares da GNR e de uma equipa de psicólogos na escola ajudou a combater o sentimento de insegurança. Apesar do ambiente aparentemente calmo na escola, o agressor, que foi suspenso, não deverá retornar às aulas.
Embora o jovem não possa ser responsabilizado criminalmente por ser menor de 16 anos, o Ministério Público abriu um inquérito tutelar educativo. Caso condenado, ele poderá ser internado num centro educativo, tal como aconteceu em casos semelhantes anteriores.
Este incidente reaviva memórias de outros ataques em escolas portuguesas, como o caso de 2013 em Massamá, onde um adolescente esfaqueou três colegas e uma funcionária, e foi condenado a dois anos e meio de internamento. Em 2022, um estudante universitário foi detido pela Polícia Judiciária por planear um ataque terrorista na Faculdade de Ciências de Lisboa, sendo condenado a quase três anos de prisão.