Chef espanhol condenado por homicídio premeditado, desmembramento e ocultação do cadáver e destruição do passaporte da vítima. Só admitiu uma das três acusações.
O chef espanhol Daniel Sancho, preso desde agosto do ano passado na Tailândia, foi condenado a prisão perpétua esta quinta-feira pelo homicídio do cirurgião colombiano Edwin Arrieta.
Sancho, filho do conhecido ator espanhol Rodolfo Sancho, foi considerado culpado dos três crimes pelos quais foi julgado, avança o El País. São eles homicídio premeditado, desmembramento e ocultação do cadáver e destruição do passaporte da vítima, cujos restos mortais foram encontrados em agosto de 2023, na ilha de Pangan, na Tailândia.
O arguido disse que a morte foi acidental. Só admitiu uma das três acusações: a de ocultação de cadáver, que é punível com pena máxima de um ano de prisão segundo o código penal tailandês.
Daniel Sancho disse que Arrieta tinha morrido durante uma luta, na qual estaria a defender-se de uma alegada tentativa de agressão sexual por parte do cirurgião.
Escapa à pena de morte
A acusação tinha pedido pena de morte para o chef de 30 anos, a medida mais gravosa prevista no código penal da Tailândia.
Imagens a circular na altura do crime mostram o chef a comprar uma serra, uma faca, produtos de limpeza e sacos do lixo, antes de cometer o crime.
Daniel Sancho contou à polícia, segundo revelava o Bangkok Post, que queria tentar terminar o relacionamento amoroso com Arrieta, mas que este estava obcecado por ele e terá ameaçado divulgar as imagens íntimas que Sancho lhe enviara por telemóvel, o que terá levado o chef a planear o crime.
Depois da morte do médico, o chef espanhol desmembrou o corpo do amigo em 14 pedaços e colocou algumas partes numa mala de viagem, e outras em sacos de plástico. Distribuiu esses pedaços pela ilha, nomeadamente em locais de depósito de lixo e no mar.
“Demorei três horas a desmembrá-lo”, terá confessado Daniel Sancho à polícia, de acordo com o relato da imprensa tailandesa.