Os técnicos do FMI alertaram que são necessários bons gestores para aumentar a produtividade dos trabalhadores, recomendando que é preciso “rever a eficácia e a amplitude dos programas para promover as competências de gestão em Portugal”.
Num documento publicado esta terça-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a missão técnica a Portugal que começou no dia 5 de março e que termina hoje afirma que “a produtividade dos trabalhadores, sobretudo dos menos qualificados, depende também das qualificações dos gestores“, defendendo que se deve “rever a eficácia e amplitude dos programas para promover as competências de gestão em Portugal”.
Além disso, o corpo técnico da instituição liderada por Christine Lagarde entende que vai continuar a ser um desafio manter o vínculo dos trabalhadores desempregados de longo prazo com o mercado de trabalho.
Isto porque, tendo em conta que uma parcela crescente dos trabalhadores são assalariados, “aumentar prematuramente o salário mínimo poderia reduzir ainda mais as possibilidades de os trabalhadores pouco qualificados fazerem a transição de inativos ou desempregados para ativos”, justificam os responsáveis.
Na mesma linha que o Fundo tem vindo a defender em relação à remuneração mínima mensal em Portugal, que foi aumentada para os 505 euros após a conclusão do programa de resgate, os técnicos escrevem que, “embora os salários mínimos possam ser úteis para impedir abusos em detrimento dos trabalhadores e proporcionar um limite mínimo para o rendimento, conceder aumentos excessivos pode prejudicar as próprias pessoas que se tenciona amparar”.
Os responsáveis reiteram que “o Governo dispõe de instrumentos de política mais eficientes para combater a pobreza” e que os parceiros sociais têm “uma responsabilidade especial em promover a criação de postos de trabalho ao apoiar políticas que reforcem a competitividade do país”, apelando a “um diálogo social mais inclusivo e transparente”.
O FMI divulgou esta terça-feira as conclusões preliminares da missão técnica no âmbito das consultas regulares ao abrigo do Artigo IV, as quais “não representam necessariamente as opiniões do Conselho de Administração do FMI”. Os técnicos do Fundo vão redigir um relatório que será depois submetido à aprovação do board da instituição, o que deverá ocorrer na primeira semana de maio.
O denominado Artigo IV do FMI prevê que sejam feitas análises às economias dos membros do Fundo, geralmente todos os anos.
/Lusa
finalmente !
basta olhar para a forma como alguns tiraram os cursos e já se vê….
Leiam com atenção…“embora os salários mínimos possam ser úteis para impedir abusos em detrimento dos trabalhadores e proporcionar um limite mínimo para o rendimento, conceder aumentos excessivos pode prejudicar as próprias pessoas que se tenciona amparar”
O FMI dirá isto nos outros países europeus onde o salário mínimo é 3 vezes o nosso?
Tenham vergonha|