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Mercado de trabalho dos EUA cai a pique. Como é que ninguém reparou?

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Quando o dia começou, pensava-se que estava tudo bem nos números do desemprego. Afinal não está – e os mercados reagiram logo.

Na sexta-feira passada, o sentimento geral era de que o mercado de trabalho dos EUA estava estável.

No entanto, nesse dia, foi divulgado o relatório de empregos de julho – e isso alterou significativamente essa percepção.

O relatório revelou que a economia dos EUA acrescentou apenas 114.000 empregos, muito aquém dos 176.000 empregos esperados pelos economistas.

Além disso, a taxa de desemprego subiu para 4,3%, de 4,1% em junho, marcando um aumento assinalável em relação aos 3,9% de abril.

Esses dados inesperados (ou nem por isso) geraram preocupações entre os investidores, levando a uma queda nos mercados.

O relatório destacou vulnerabilidades crescentes na estrutura económica, sugerindo uma potencial recessão no horizonte.

Essa ansiedade foi ainda mais alimentada pela recente decisão da Reserva Federal de manter as taxas de juros, em vez de reduzi-las para estabilizar a economia.

A pergunta que o Business Insider deixa é: “Como é que ninguém reparou nos sinais de alerta?”.

Outros indicadores, como o Relatório de Aberturas de Empregos e Rotatividade de Junho, também apontaram para um “arrefecimento” do mercado de trabalho, com a contratação a desacelerar para níveis pré-pandemia e a taxa de pessoas a deixar os seus empregos a voltar ao normal.

O Índice de Tendências de Emprego tinha caído em Julho pelo segundo mês consecutivo, sinalizando uma potencial desaceleração económica.

O Índice de Custo do Emprego mostrou que os salários dos trabalhadores do sector privado cresceram 3,4% no segundo trimestre, o ritmo mais lento desde Setembro de 2020.

Apesar desses sinais preocupantes, a taxa de desemprego atual permanece dentro do que muitos economistas consideram pleno emprego. Os padrões históricos ainda classificam a taxa atual como robusta.

No entanto, o relatório de julho desencadeou a regra de Sahm, um indicador que normalmente sinaliza o início de uma recessão.

Especialistas acreditam que a Reserva Federal poderia mitigar essas tendências cortando as taxas de juros, em setembro.

Jay Powell, Presidente da Fed, disse que está pronto para agir, se necessário, mas os sinais atuais sugerem uma crescente instabilidade económica.

Não há motivo imediato para alarme, mas o relatório de empregos de julho deixou claro que o impulso do mercado de trabalho está a caminhar na direção errada, com um risco real de deterioração adicional.

ZAP //

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2 Comments

  1. Em Portugal o trabalho e a economia foram completamente destruídos pelas más políticas intencionais praticadas pelo XIXº Governo liderado pelo ex-Primeiro-Ministro, Pedro Coelho, tendo a situação sido mantida pelos Governos do ex-Primeiro-Ministro, António Costa, e com continuidade pelo actual Governo do Sr.º Primeiro-Ministro, Luís Esteves, por tanto, o País e os Portugueses estão há cerca de 12 anos na situação descrita neste artigo.

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