Inglaterra a ferro e fogo, depois de morte de menina portuguesa

2

David Aguiar / Facebook

Alice Aguiar foi uma das vítimas do ataque

A Inglaterra está a ferro e fogo, desde o início da semana, depois do assassinato de três crianças numa escola em Southport. Entre as vítimas, está uma menina portuguesa. A polícia tem sido vítima de “violência grave”, nos tumultos por todo o país.

Esta sexta-feira foi a vez de tumultos eclodirem em Sunderland.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram centenas de pessoas a agitar o centro da cidade no nordeste de Inglaterra, a atacar a polícia e a incendiar pelo menos um carro.

Estes acontecimentos reacenderam os receios de um regresso à violência que tomou conta do país durante a semana, apesar da aparente acalmia registada na noite de quinta-feira.

“Os nossos agentes continuam a enfrentar confrontos contínuos e foram sujeitos a violência grave”, declarou a polícia de Northumbria. “As cenas a que estamos a assistir são totalmente inaceitáveis”, acrescentou.

A ministra do Interior britânica, Yvette Cooper, prometeu hoje no X que os desordeiros “pagarão o preço da sua violência e do seu comportamento violento”.

“A polícia tem todo o apoio do Governo para atuar da forma mais enérgica possível e para garantir que toda a força da lei seja aplicada”, afirmou Yvette Cooper, enquanto novos confrontos eclodiam em Sunderland, no nordeste de Inglaterra.

Os desordeiros “não representam a Grã-Bretanha”, acrescentou.

Este último surto de violência ocorre numa altura em que a polícia se prepara para um fim-de-semana tenso.

Tumultos em todo o país

Em Londres, em particular, a polícia metropolitana declarou ter “aumentado” os seus efetivos “para tranquilizar” a população, enquanto está prevista uma marcha pró-palestiniana na capital, bem como uma manifestação anti-imigração.

A polícia de Merseyside, cujos cerca de cinquenta agentes ficaram feridos em confrontos na terça-feira em Southport, a cidade do noroeste de Inglaterra que ficou de luto devido a um ataque com faca no dia anterior, também disse estar pronta para lidar com possíveis novos confrontos, tendo destacado mais agentes para o centro da cidade de Liverpool.

Duzentas a trezentas pessoas – apoiantes da Liga de Defesa Inglesa (EDL), de extrema-direita e anti-islâmica, segundo a polícia – participaram em confrontos na terça-feira, num contexto de rumores e especulações partilhados online sobre a religião, identidade ou origem do autor dos ataques.

Um suspeito de 17 anos, Axel Rudakubana, foi acusado de homicídio e tentativa de homicídio e detido.

As várias forças policiais estão a antecipar manifestações em várias cidades, incluindo Nottingham (centro de Inglaterra), Rotherham (norte de Inglaterra), Cardiff (País de Gales) e Belfast (Irlanda do Norte).

Os confrontos em Southport, onde uma mesquita foi visada, levaram os responsáveis dos locais de culto muçulmano a reforçar a sua segurança.

ZAP // Lusa

Siga o ZAP no Whatsapp

2 Comments

  1. Não acredito que os criminosos serão punidos e/ou presos.

    Pq? Simples, porque a polícia apenas prendes criminosos que sejam brancos e Católicos.

    Dúvidas? Basta acompanhar as notícias!

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.