Na Grécia, Troika dá lugar ao Grupo de Bruxelas

thespeakernews / Flickr

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, com Yanis Varoufakis, ministro das Finanças da Grécia

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, com Yanis Varoufakis, ministro das Finanças da Grécia

A nova equipa internacional que iniciou esta quarta-feira discussões técnicas sobre as reformas na Grécia foi designada Grupo de Bruxelas, em vez de Troika, indicou fonte governamental grega.

O novo quinteto, que começou a reunião em Bruxelas ao início da tarde, é composto por representantes do Governo grego, da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE), do Mecanismo Europeu de Estabilidade e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A composição é próxima da que tinha a Troika, mas o Governo de Alexis Tsipras passa a fazer parte da equipa e quer mudar a imagem associada a esta desde 2010, quando os funcionários do BCE, FMI e Comissão Europeia começaram a deslocar-se a Atenas para avaliar as contas públicas e a ação dos ministérios.

Segundo a Agência France Presse, entre os participantes das negociações figuram Declan Costello pela Comissão Europeia, Klaus Masuch pelo BCE e Rishi Goyal pelo FMI, ou seja, os chefes de missão da antiga Troika.

“As negociações do Grupo de Bruxelas decorrem a nível político e técnico em Bruxelas, entre homólogos”, de acordo com a fonte grega.

Mas, para determinadas questões e com o objetivo de “eliminar todas as dúvidas”, o Grupo de Bruxelas pode “nomear conselheiros técnicos” para se deslocarem a Atenas para recolherem as informações necessárias, adiantou a fonte do Governo grego.

As discussões iniciadas esta quarta-feira surgem na sequência do acordo alcançado a 20 de fevereiro entre Atenas e os seus credores para um prolongamento do atual programa de assistência financeira ao país.

As reformas devem ser validadas pelos credores até ao final de abril para que seja desbloqueada a última tranche do empréstimo, no valor de cerca de sete mil milhões de euros, suspensa desde o verão e vital para as finanças da Grécia.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.