Rara lula com “faróis” captada a atacar um drone nas profundezas do oceano

Uma rara lula do fundo do mar foi captada em vídeo a uma profundidade de mais de um quilómetro debaixo de água por cientistas da Universidade da Austrália Ocidental e da Kelpie Geosciences, no Reino Unido.

Uma equipa de investigadores do Minderoo-UWA Deep Sea Research Centre, liderada por Heather Stewart, cientista-chefe da Kelpie Geosciences UK e adjunta na UWA, captaram  imagens de uma rara lula do fundo do mar, a mais de um quilómetro de profundidade.

As imagens foram captadas quando a equipa estava a instalar câmaras com isco de queda livre a norte de uma área conhecida como a Passagem de Samoa.

No vídeo, a lula é vista a atacar um pequeno drone com câmara no início de maio. Conhecida como lula fisgada de profundidade ou Taningia danae, este animal parece ter “faróis” e é muito raro encontrá-lo.

O que diferencia estas raras lulas das outras é a capacidade de criar flashes bioluminescentes nas pontas dos seus tentáculos.

Estes “faróis”, conhecidos como fotóforos, podem ser usados ​​para assustar e atordoar as suas presas, permitindo que as capturem.

“A lula, que tinha cerca de 75 centímetros de comprimento, desceu sobre a nossa câmara presumindo que fosse uma presa e tentou assustá-la com os seus enormes faróis bioluminescentes”, disse Heather Stewart, da Kelpie Geosciences UK, citada pelo Phys.

Já Alan Jamieson, diretor do Minderoo-UWA Deep Sea Research Centre, disse que observar estas lulas de águas profundas no seu habitat natural, especialmente em águas intermediárias, foi desafiador.

“Muitos registos desta espécie são provenientes de encalhes, captura acidental ou do conteúdo estomacal de baleias”, referiu.

“A raridade das observações ao vivo destes animais incríveis torna cada encontro valioso na recolha de informações sobre localizações geográficas, profundidade e comportamento.”

A embarcação de investigação RV Dagon encontra-se, atualmente, nas últimas semanas de uma expedição de três meses ao Nova Canton Trough, localizado no Oceano Pacífico Central. A missão é explorar e documentar a biodiversidade e a geodiversidade do fundo do mar em profundidades entre três e oito quilómetros.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.