É combustível à espera de desastre. Pode esperar o pior se houver outros quatro elementos-chave envolvidos: oxigénio, calor, confinamento e dispersão.
Sabia que a farinha pode explodir?
Embora a probabilidade de um incêndio com farinha em sua casa seja baixa, a explosão deste famoso ingrediente é motivo de alguma preocupação na indústria alimentar — talvez porque houve casos, no passado, que fermentaram o medo.
Em 1981, uma explosão catastrófica teve lugar numa fábrica da General Foods Ltd. em Banbury, no Reino Unido.
Demasiado cheio, um contentor de amido de milho, utilizado na produção de creme em pó (uma substância semelhante à farinha) provocou a ignição de uma nuvem de amido, lembra o IFL Science. Vários trabalhadores acabaram feridos e as instalações sofreram graves danos.
Mas a farinha é apenas um exemplo de substâncias combustíveis na indústria alimentar. A verdade é que os pós ricos em hidratos de carbono, como o açúcar ou o creme de café, também apresentam riscos de explosão.
Por detrás das explosões de poeiras estão cinco elementos-chave: combustível (como a farinha), oxigénio, calor, confinamento e dispersão.
As partículas de farinha, especialmente as mais pequenas, possuem uma elevada relação área de superfície/massa, o que permite uma combustão rápida quando estas ficam suspensas no ar.
Uma faísca, gerada por fricção ou por uma chama aberta, pode inflamar estas partículas, levando a uma reação em cadeia e a uma eventual explosão.
Embora o risco de uma explosão de farinha nas cozinhas domésticas seja mínimo, as instalações industriais que se prezam implementam rigorosas medidas de segurança, incluindo sistemas de vácuo especializados, inspeções regulares para detetar a acumulação de pó e controlos rigorosos das fontes de ignição.
No que diz respeito aos extintores de incêndio, as variantes de pó seco, são adequadas para vários tipos de incêndio, incluindo incêndios sólidos, líquidos, de gás e elétricos.
Por isso, não, atirar farinha para cima de um incêndio não é muito benéfico, mas sim altamente perigoso e ineficaz. A farinha não é, como muitos podem pensar, um substituto para os agentes extintores adequados e pode agravar os riscos de incêndio.