A nave espacial Juno da NASA detetou a quinta lua de Júpiter a “passear” pela Grande Mancha vermelha do planeta, dando aos astrónomo uma visão rara desde satélite natural.
As luas mais famosas de Júpiter são os seus quatro satélites: Io, Europa, Ganimedes e Calisto, cada um dos quais com vários milhares de quilómetros de largura.
Amalthea, a quinta lua de Júpiter e um dos seus satélites interiores, foi descoberta em 1892 e até 1979 pensava-se ser o satélite mais próximo de Júpiter. Tem uma forma muito distorcida e alongada devido à forte atração gravitacional de Júpiter, estando o seu eixo mais alongado na direção do planeta joviano.
Segundo o Space.com, medições da gravidade efetuadas pela sonda espacial Galileo, no início dos anos 2000 permitiram deduzir que Amalthea é pouco mais do que um monte de escombros soltos e não uma rocha sólida.
Recentemente, Juno viu Amalthea pela primeira vez, durante o seu 59º voo de passagem sobre Júpiter, que ocorreu a 7 de março deste ano.
A nave detetou a Amalthea como um pequeno grão negro, primeiro contra uma das cinturas de nuvens escuras e avermelhadas de Júpiter, e depois a transitar pela Grande Mancha Vermelha.
As imagens de grande plano da Amalthea, obtidas pelas sondas da NASA Voyager 1, Voyager 2 e Galileu, mostram vários pontos brilhantes e crateras na pequena lua, bem como o facto de a sua superfície ser curiosamente vermelha.
A identidade deste revestimento vermelho permanece desconhecida, mas uma possibilidade é que se trate de enxofre que foi expelido pelos vulcões de Io e que atravessou o espaço até à vizinha Amalthea.
Por fim, a magnetosfera pode ser capaz de induzir correntes elétricas no núcleo de Amalthea que produzem calor extra.
Estas curiosidades aumentam o fascínio nesta quinta lua que muitas vezes é esquecida ao lado das outras luas de Júpiter, mas com uma história que pode ser igualmente interessante e fascinante.