Montenegro pressionado. Grupo de sete militantes do PSD exige “maioria sólida” com o Chega

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Nuno Veiga / Lusa

Luís Montenegro, presidente do PSD

“Portugal em primeiro lugar”. É sob esta premissa que um grupo de militantes do Partido Social Democrata (PSD) apela ao líder do partido Luís Montenegro para fazer um acordo à direita com o Chega.

Perante o constante “não é não” que marcou a campanha eleitoral do presidente do PSD, um grupo de militantes que conta com o ex-ministro Rui Gomes da Silva e o ex-deputado e líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal do Porto Miguel Corte-Real apela à “importância de construir um Governo estável, com uma maioria sólida, que possa fazer as reformas de que o país precisa”, num manifesto com o nome “Portugal em Primeiro” a que o Diário de Notícias teve acesso.

Construir “uma solução governativa à direita, sem medos e muito menos condicionada por aquilo que deseja a extrema-esquerda” tornou-se imperativo aos olhos destes militantes, uma vez que, sem acordo AD/Chega, teremos “Governos sem estabilidade e de curto prazo, que em nada servirão os interesses do país”, lê-se.

“Quem não o quiser entender, quem não quiser dialogar, quem não quiser construir uma verdadeira alternativa não-socialista para Portugal, estará a fazer o jogo da esquerda, e desse lado, nós e muitos portugueses, nunca estaremos”, segue o documento.

Teimosia é convicção pessoal de Montenegro?

As convicções pessoais de Montenegro não devem condicionar um governo de 4 anos, confessa à TSF Rui Gomes da Silva.  “Uma posição de um líder, por muitas convicções que tivesse, não poderia atrapalhar a constituição de um governo de maioria, de um governo para 4 anos”, sublinha.

O “não é não” de Montenegro “teve como resultado o PSD não passar dos 30%, mesmo em aliança com CDS e PPM”, acredita. “Vamos continuar a cometer erros unica e exclusivamente para agradarmos à esquerda e para ficarmos de bem com a nossa consciência?”

E deixa ainda algumas críticas internas: “Quem é que anda contente com isto? Os militantes do PSD que, nos últimos anos, foram capazes de tudo e o seu contrário, os militantes que continuam a mandar no PSD, são militantes que vivem, essencialmente, de convicções alheias”.

“Foram pessoas que estiveram com Pedro Passos Coelho, depois estiveram com Rui Rio e agora estão com Luís Montenegro. Mas antes disso já estiveram com Manuela Ferreira Leite ou com Luís Marques Mendes, são pessoas que já defenderam tudo e o seu contrário. A única coisa que lhes preocupa é ter sindicatos de voto que lhes permita garantir eleições e os seus lugares… Esses, possivelmente, não estarão a ver o filme completo, não estarão a ver que, um dia destes, têm os sindicatos de voto e o PSD e o país já não querem saber deles”, conclui.

Paulo Ramalheira Teixeira, ex-presidente da Câmara de Castelo de Paiva, o médico Manuel Pinto Coelho, os economistas João Saracho de Almeida e Susana Faria, e Paulo Jorge Teixeira, presidente da Cooperativa do Povo Portuense, também são defensores do diálogo com André Ventura e assinam o manifesto.

ZAP //

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2 Comments

  1. Tadinho!
    Tão pressionado que mal respira! Não se faz…
    (Vá lá, pressionem mais um bocadinho, MUITO!
    Ser vítima e ficar bem visto, dá um jeitaço do caraças!).
    Força nisso!
    O coitadinho poucochinho agradece.

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