Associações e escolas acreditam não haver condições para “se garantir uma avaliação equitativa para todos os alunos”. Ministério garante que “o número de equipamentos disponíveis nas escolas é suficiente”.
A apenas três meses das provas digitais, há cada vez mais relatos que apontam para uma enorme quantidade de computadores avariados e para uma falta de resposta adequada aos procedimentos de manutenção dos portáteis das escolas.
O concurso lançado pelo Ministério da Educação para contratualizar externamente o serviço de manutenção dos equipamentos não teve interessados. Foi agora lançado um novo processo de aquisição de serviços de reparação — é uma corrida contra o tempo para garantir a equidade no acesso aos recursos digitais necessários para as provas.
Os diretores das escolas e associações alertam, em declarações ao Jornal de Notícias, que “há cada vez mais computadores avariados e guardados” e que a redistribuição proposta de equipamentos entre as escolas, embora intente mitigar as carências, não resolve a questão fundamental.
“Confirmamos que houve um concurso que visava a contratação de serviços de reparação que não teve candidatos. Assim, está em curso um novo processo de aquisição de serviços não só de reparação mas também de recondicionamento dos diferentes equipamentos”, revelou o gabinete do ministro João Costa. E as condições “agravaram-se”.
“Cada escola tem dezenas e dezenas de computadores avariados, sem solução”, garante o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, que acredita não haver condições para “se garantir uma avaliação equitativa para todos os alunos”.
“Vamos estar mais preocupados com o material ou as falhas na net do que com os alunos”, admite.
O cenário torna-se ainda mais preocupante se olharmos para os resultados das provas de aferição do ano passado, que indicam um desempenho menos positivo dos alunos em diversas disciplinas, sem problemas digitais a serem apontados.
Este ano, as provas digitais serão expandidas, incluindo experiências-piloto no secundário, exigindo uma melhor e maior resposta dos computadores escolares.
Foi frequente o relato de falhas durante as provas, com problemas na rede e nos computadores, assim como a preocupação dos alunos com o impacto destas falhas nos resultados finais.
O ME garante ao matutino, no entanto, que “o número de equipamentos disponíveis nas escolas é suficiente para a realização das provas que estão previstas em formato digital”.
Está tudo pelas ruas da amargura, com este (des)governo. É carros da polícia, é ambulâncias, é computadores…está tudo pela hora da morte. As contas certas são os milhões e milhões paradinhos no cofre do Estado. Com o medo de cairem noutra bancarrota Sócrates, foram para esta de atafulhar o dinheiro e chamaram-lhe “contas certas”, coisa que em economia nem existe. Resumindo: um país parado sem investimento e a degradação completa em muitas áreas do Estado.
O Estado é mau pagador, sempre foi, independentemente do governo em vigência.
A verdade é que ao pessoal informático, não falta quem ofereça trabalho bem remunerado e pago a pronto, prática que no Estado não acontece, nem nunca aconteceu.
O que as escolas têm a fazer é passarem a organizar os seus orçamentos, no sentido de serem incluídos nos quadros dos recursos humanos, funcionários com competências para essa função.
Só assim os computadores dos alunos, dos professores, das secretarias, enfim todos os que cada escola entender por necessários, terão a manutenção garantida.
Diria mesmo que com mais qualidade, e menos custos.
Subscrevo de nenhuma maneira as minhas próprias palavras. É lamentável o que pensava ontem, e não pensarei amanhã, por razões ultrajantes.