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Sim, este lago em forma de coração é real – mas tem uma história mortal

Wanmei Lang / Observatório Terrestre da NASA / Serviço Geológico dos EUA

Pode parecer o cenário de um filme ou uma imagem concebida no Photoshop, mas o Spirit Lake é bem real.

Trata-se de um lago em forma de coração, mas com uma história muito pouco romântica a si associada.

Recuando no tempo… o Spirit Lake nem sempre teve o aspeto que atualmente é possível observar nas imagens de satélite.

O lago costumava ser mais parecido com a metade superior de um coração, com os braços leste e oeste apenas estritamente ligados, de acordo com o IFL Science.

O Spirit Lake foi também, em tempos, um destino turístico popular, repleto de nadadores, marinheiros e pescadores que se alojavam nas cabanas e pousas ao seu redor.

Tudo isso mudou com a erupção mortal do Monte St. Helens, que se situa a sudoeste do lago, que ocorreu no dia 18 de maio de 1980.

A erupção levou a um aumento da superfície do lado em cerca de 60 metros e o consequente deslizamento de detritos forçou as suas águas para terras próximas.

Com o tempo e gradualmente, a água voltou a fluir por cima dos detritos, tornando-se um lago mais largo, mais raso e em forma de coração — tal que pode ser visto atualmente.

Para além da sua “anatomia” alterada, o Spirit Lake alberga um tapete de troncos flutuantes arrancados pela erupção e que servem de lembrança do que aconteceu há mais de quatro décadas.

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Longe vão os dias em que as águas do lago estavam cheias de turistas, uma vez que agora o acesso é limitado, sendo que a pesca e a natação são estritamente proibidas — embora exista um miradouro que está aberto quando as condições meteorológicas o permitem.

Atualmente, o Spirit Lake está a ser preservado como um laboratório natural para estudar a recuperação de paisagens depois das erupções vulcânicas, sendo o seu tapete de troncos intacto de particular interesse para os investigadores.

“Mais lagos teriam tapetes de troncos, mas muitas vezes os troncos são retirados para recreio e extração de madeira”, disse Jim Gawel, engenheiro ambiental, que estuda o lago.

“Gostaríamos de saber se existem outros lagos no mundo com um grande número de troncos flutuantes para comparar com o Spirit Lake“, concluí.

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Teresa Oliveira Campos, ZAP //

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