/

Governo vs. INE: quem tem razão sobre o abandono escolar?

Caderno vermelho, duas canetas sobre caderno amarelo e estojo preto em artigo sobre o preço do material escolar.

Agravamento do abandono escolar: Ministério da Educação lembra o impacto da pandemia, INE garante que as contas estão certas.

O abandono escolar aumentou no ano passado. Foi o primeiro aumento nos últimos oito anos.

Entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa de abandono precoce (sem concluir o ensino secundário) em 2023 foi 8%; tinha sido 6,5% em 2022.

Os números foram apresentados na semana passada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Mas o Governo não concorda com estes números, salienta o jornal Público.

O Ministério da Educação lembra que estes números do INE incluem as contas relativas a 2021 e 2022, anos atípicos por causa da COVID-19.

Por isso, o ministério defende que os dados relativos a esses dois anos não devem entrar nestas comparações. E acrescenta que o método de recolha durante a pandemia (telefone) “terá levado a uma subestimação do valor”.

O ministro João Costa disse à agência Lusa que seria mais justo comparar directamente os dados de 2023 com os números de 2020.

Mas o INE mantém o que apresentou: “A série de dados disponibilizada sobre o indicador em apreço é comparável no período de 2011 a 2023”.

O instituto explica que já fez uma revisão recentemente dos números, das estimativas, porque viu uma “diminuição da taxa de resposta nos trimestres em que a recolha presencial esteve suspensa”.

Essa revisão foi feita na sequência dos resultados da análise do impacto da suspensão do modo de recolha durante o período pré-pandemia.

O abandono escolar estava a diminuir ano após ano (desde 2017) até 2021, o primeiro “ano completo” da pandemia.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.