O sistema de Cancelamento de Turbulência da startup austríaca Turbulence Solutions consegue reduzir mais de 80% da turbulência nos aviões.
Uma tecnologia revolucionária desenvolvida pela startup austríaca Turbulence Solutions poderá ser um marco decisivo para a indústria da aviação.
O seu sistema de Cancelamento de Turbulência, capaz de reduzir as ondas de turbulência sentidas pelos passageiros em mais de 80%, pode potencialmente erradicar toda a turbulência e trazer voos mais suaves, especialmente num contexto em que se espera que as alterações climáticas agravem este problema.
O sistema funciona criando uma contra-turbulência para estabilizar o movimento da aeronave. Sensores instalados e pequenas abas nas asas da aeronave geram sustentação vertical para contrariar a turbulência, proporcionando uma experiência de voo mais tranquila. Esta tecnologia antecipa os impactos da turbulência em vez de reagir após a sua ocorrência, ajustando dinamicamente a forma da asa para um voo mais suave, explica o Interesting Engineering.
A jornada da empresa começou com a invenção patenteada ‘Improved Direct Lift Control’, que permite a geração rápida de sustentação, levando ao desenvolvimento do sistema de Cancelamento de Turbulência.
A Turbulence Solutions instalou com sucesso este sistema num avião ligeiro, mostrando resultados promissores. A empresa pretende expandir gradualmente a sua tecnologia por toda a indústria da aviação, começando por aeronaves ligeiras, depois táxis aéreos eVTOL por volta de 2026, jatos privados em 2028 e, finalmente, aeronaves comerciais por volta de 2030.
A tecnologia não só melhora o conforto e a perceção de segurança dos passageiros, mas também oferece economias significativas de combustível ao possibilitar uma melhor roteirização de voos, logística, aerodinâmica e design de aeronaves. De acordo com a empresa, o sistema poupa até 10% de combustível, o que poderia levar a uma redução substancial das emissões de carbono em toda a indústria.
Esta inovação surge num momento crucial, já que estudos da Universidade de Reading e da NASA relatam um aumento dramático na turbulência intensa devido às alterações climáticas e antecipa-se que os incidentes dupliquem até 2050.