Fornecedores de comida exigem quase um milhão de euros à Fundação JMJ

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Inácio Rosa / Lusa

Papa Francisco no Parque Tejo, na missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude – JMJ 2023, em Lisboa

O consórcio reclama uma compensação de quase milhão de euros pelos prejuízos causados pelo número de pessoas inferior ao esperado.

O consórcio Street Food Portugal e Galáxia Gulosa, responsável pelo fornecimento nas áreas de comida e bebida no Parque Tejo durante a Jornada Mundial da Juventude, está a reclamar quase um milhão de euros à Fundação JMJ pelos prejuízos sofridos no evento.

O consórcio alega que o número de visitantes no Parque Tejo foi bem inferior ao esperado, com apenas 30 mil pessoas em comparação com as 600 mil a 800 mil antecipadas. Esta discrepância, segundo o consórcio, resultou de alterações de última hora e da má gestão por parte dos organizadores.

Numa carta enviada ao cardeal-patriarca de Lisboa, o consórcio detalha várias questões logísticas e financeiras. Uma delas envolve a compra obrigatória de produtos de patrocinadores da JMJ, como água e refrigerantes, com a organização a mudar as quantidades necessárias em cima da hora. Além disso, houve reclamações sobre a distribuição de água quente e exposta ao sol aos peregrinos, sem o rigor necessário, refere o Público.

A maior parte dos espaços de alimentação foi instalada na área destinada aos visitantes, onde se esperava o maior fluxo de pessoas. Contudo, a baixa afluência resultou em grandes perdas para o consórcio, que argumenta não ter sido responsável pela fraca adesão de público.

A Fundação JMJ Lisboa 2023, por sua vez, afirma estar aberta ao diálogo, mas considera que as reclamações do consórcio não têm fundamento, baseando-se nos compromissos e riscos assumidos pela entidade. A fundação aguarda com tranquilidade possíveis ações legais.

Por outro lado, a JMJ, sob a gestão do cardeal Américo Aguiar, agora bispo de Setúbal, registrou um retorno financeiro positivo. Aguiar anunciou que o lucro, estimado em cerca de 20 milhões de euros, será totalmente reinvestido em projetos para a juventude de Lisboa e Loures. Além disso, acredita-se que o evento gerou um retorno económico para o país entre 411 e 546 milhões de euros, conforme estimativas da consultora PwC.

ZAP //

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