IA pode prever risco de morte prematura

ZAP // Dall-E-2

Um modelo de inteligência artificial desenvolvido com dados da população da Dinamarca mostrou ser capaz de prever a mortalidade com maior precisão do que os modelos existentes, incluindo os utilizados na indústria de seguros.

Um modelo inovador de inteligência artificial (IA) demonstrou uma capacidade sem precedentes de prever o risco de mortalidade.

Este modelo, conhecido como Life2vec, supera a precisão dos métodos tradicionais utilizados na indústria de seguros, e demonstrou ter potencialidade para ser aplicado na prevenção antecipada de problemas sociais e de saúde.

A tecnologia, desenvolvida por investigadores da Universidade Técnica da Dinamarca, foi baseada em dados da população dinamarquesa.

Os resultados foram publicados esta segunda-feira na Nature Computational Science.

Como detalha a New Scientist, os dados utilizados no estudo foram adaptados para treinar um grande modelo de linguagem, similar à tecnologia por trás de aplicações de inteligência artificial, como o ChatGPT.

O que o modelo Life2vec faz é: analisar a história de vida de uma pessoa e, a partir daí, prever acontecimentos.

O estudo incidiu em indivíduos dinamarqueses, com idades compreendidas entre os 35 e 65 anos, metade dos quais faleceu entre 2016 e 2020.

O Life2vec previu com 11% mais precisão quem viveria ou morreria.

O líder da investigação, Sune Lehmann Jørgensen acredita que o Life2vec, com seu vasto consumo de dados, pode esclarecer uma ampla gama de questões de saúde e sociais, mas alerta para o seu uso indevido.

Contudo, o investigador não descarta a hipótese de haver tecnologias semelhantes a serem já “usadas por grandes empresas de tecnologia que têm toneladas de dados sobre nós, para fazer previsões sobre nós”, disse, citado pela New Scientist.

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