Uma equipa multidisciplinar de investigadores treinou um algoritmo de inteligência artificial (IA) para “provar” vinho.
Embora as aplicações de vinho tenham simplificado o processo de seleção através da leitura de rótulos e de análises, esta abordagem inovadora incorpora impressões individuais de sabor e paladar.
“Ao alimentar um algoritmo com dados que consistem nas impressões de sabor das pessoas, o algoritmo pode fazer previsões mais precisas do tipo de vinho que preferimos individualmente”, explicou a coautora Thoranna Bender.
A equipa realizou provas de vinho com 256 participantes, pedindo-lhes que organizassem copos do tamanho de uma dose de diferentes vinhos com base na perceção da semelhança do sabor.
A digitalização desta disposição espacial, combinada com os dados dos rótulos dos vinhos e as opiniões dos utilizadores do site Vivino, constituiu a base do algoritmo. O algoritmo permite aos utilizadores identificar vinhos semelhantes em termos de sabor e até de preço aos seus favoritos.
“Assim, ensinar as máquinas a utilizar as experiências sensoriais humanas resulta em melhores algoritmos que beneficiam o utilizador”, disse também Serge Belongie, outro dos coautores do estudo.
Bender salientou ainda a versatilidade do seu método, sugerindo a sua aplicação a outras categorias de alimentos e bebidas, como a cerveja e o café. A abordagem poderia ser utilizada para recomendar produtos, receitas e até mesmo no sector da saúde para adaptar as refeições aos gostos e às necessidades nutricionais dos doentes. A
