Quem são os campeões dos leilões eleitorais? “Jogo” já começou nas pensões

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Nuno Veiga / Lusa

Luís Montenegro, presidente do PSD

O presidente do PSD, Luís Montenegro, anunciou a intenção de aumentar os rendimentos dos pensionistas e logo o líder do Chega, André Ventura, entrou no “jogo”, apelando a um acordo das direitas para garantir um aumento para todos.

As pensões de reforma prometem ser um dos temas da campanha eleitoral. Luís Montenegro já disse que quer aumentar para 820 euros o rendimento mínimo garantido dos pensionistas até 2028, assegurando que o seu partido não vai cortar “um cêntimo a nenhuma pensão”.

“Vamos aumentar, de acordo com a lei, as pensões de uma forma geral, mas vamos também, de forma gradual e até ao final da legislatura, colocar a referência do Complemento Solidário para Idosos nos 820 euros”, defendeu o líder do PSD no Congresso do fim-de-semana em Almada.

“Isto traduz-se no seguinte: até 2028, o rendimento mínimo garantido dos pensionistas portugueses será de 820 euros”, sublinhou.

Montenegro garantiu também que “este objetivo é realizável” e “não coloca em causa o equilíbrio das contas públicas”.

O líder do PSD acrescentou que este é “um objectivo para cumprir em duas legislaturas”.

Depois disto, André Ventura entrou no “leilão” e sugeriu um acordo à direita para garantir um aumento para todos os pensionistas.

“Tem de haver um compromisso à direita, para que todos os pensionistas possam receber, pelo menos, o equivalente ao salário mínimo”, reforçou.

A medida poderia custar mais de 7,5 mil milhões de euros.

Já a Iniciativa Liberal demarca-se deste “leilão”, com o deputado Bernardo Blanco a notar que “não entra nesse jogo”. “Digam quanto custa e onde vão buscar o dinheiro”, frisou ainda, notando que “o PS e o Chega são os campeões dos leilões eleitorais”.

O Bloco de Esquerda alinha pela mesma bitola. “Gostava de ver as contas”, frisou o deputado José Soeiro.

“Proposta do PSD não durou dois dias”

No PS, o candidato a secretário-geral Pedro Nuno Santos acusou o PSD de falta de credibilidade, alegando que a proposta de Montenegro sobre o aumento das pensões “não durou dois dias”.

As palavras de Pedro Nuno surgiram depois de o líder parlamentar social-democrata, Joaquim Miranda Sarmento, explicar, em declarações à TSF, que o aumento proposto por Montenegro incide apenas sobre o Complemento Solidário para Idosos e não sobre todas as pensões.

O Complemento Solidário para Idosos é um apoio pago mensalmente aos idosos de baixos recursos, com mais de 66 anos e quatro meses, e residentes em Portugal.

O valor actual é, no máximo, de 488,22 euros por mês e os critérios que contam para a avaliação dos recursos do idoso, de acordo com informação da Segurança Social, são os rendimentos do requerente do Complemento, bem como “os rendimentos da pessoa com quem está casado(a) ou com quem vive em união de facto, há mais de dois anos”, ou ainda “os rendimentos dos filhos para apuramento da Componente de Solidariedade Familiar do requerente”.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Uma vergonha completa a política em Portugal, da esquerda à direita só querem saber das eleições e medidas populistas, um lodo total este país, não há ninguém com uma estratégia para o país a longo prazo, é só promessas e mais promessas…..

  2. Prometem e prometem para aqueles que vão viver em média mais uma dúzia de anos, os jovens têm de emigrar porque não têm futuro aqui neste país sem ambição, sem orgulho , enfim vive -se para o agora , distribui-se migalhas para os tontos e acabados e é assim este país medíocre e miserável….

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