Descoberta forma revolucionária de tratar e reverter a osteoartrose

Um novo estudo, conduzido por uma equipa de cientistas da Universidade de Adelaide, na Austrália, apresenta uma abordagem revolucionária para o tratamento e potencial reversão da osteoartrose.

O estudo, publicado esta semana na revista Nature Communications, identificou uma população única de células estaminais que desempenha um papel crucial na progressão da doença.

Quando estas células foram tratadas com uma proteína específica, FGF18, estimularam a regeneração do tecido da cartilagem, levando a uma redução significativa dos sintomas da osteoartrose em ratos.

A osteoartrose é a forma mais comum de artrite, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. A condição é caracterizada pela degeneração da cartilagem e tecidos articulares, causando dor, rigidez e redução da mobilidade.

Os tratamentos atuais para a osteoartrose estão focados principalmente na gestão dos sintomas, como dor e inflamação, mas não abordam a causa subjacente da doença.

O novo estudo, no entanto, dá um sinal de esperança para pessoas com osteoartrose. Ao visar as células estaminais responsáveis pela regeneração da cartilagem, os investigadores foram capazes de reverter o processo da doença em ratos.

Estas descobertas sugerem que uma abordagem semelhante poderia ser usada para desenvolver novos tratamentos para a osteoartrose em humanos.

Segundo o Study Finds, um desses tratamentos já se encontra em ensaio clínico. A Sprifermin, proteína que imita os efeitos do FGF18, demonstrou ser segura e eficaz na redução da dor e melhoria da função articular em pessoas com osteoartrose.

Os ensaios clínicos de fase 3 de Sprifermin estão atualmente em curso, e os investigadores têm a expectativa de que o medicamento possa ser aprovado para uso num futuro próximo.

As descobertas deste novo estudo representam um avanço significativo no campo da investigação da osteoartrose. Pela primeira vez, os cientistas identificaram uma forma potencial de reverter a progressão da doença.

Além do potencial para novos tratamentos, esta investigação também tem implicações para a nossa compreensão da osteoartrose em si.

A identificação das células estaminais responsáveis pela regeneração da cartilagem sugere que a doença não é simplesmente uma condição de “desgaste”, mas sim um processo ativo que pode ser alvo de intervenções farmacêuticas.

Esta nova compreensão da osteoartrose pode também levar ao desenvolvimento de novas ferramentas de diagnóstico e estratégias preventivas e testes para identificar pessoas em risco de desenvolver osteoartrose, permitindo a intervenção e tratamento precoces.

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