Anunciou que tinha cancro, recebeu 400 donativos. Foi apanhada (e condenada)

Jovem alegou que tinha também leucemia e tumor do tamanho de uma bola de futebol. Tudo para chamar a atenção da família.

Uma mulher anunciou na internet que tinha problemas de saúde graves, que precisava de ajuda urgente e começou a receber (muito) dinheiro.

A jovem chama-se Madison Russo e, aos 20 anos, anunciou que tinha cancro no pâncreas, leucemia e um tumor na espinha, do tamanho de uma bola de futebol.

Aproveitou as redes sociais para partilhar a sua “batalha” contra o cancro e aproveitou as redes sociais para receber donativos.

E conseguiu: mais de 400 pessoas doaram dinheiro a Madison.

A questão central disto tudo: era tudo mentira.

Médicos que se cruzaram com esta história na internet começaram a reparar em falhas na narrativa, factos médicos que não batiam certo.

Depois, a polícia verificou os registos médicos da jovem e reparou que não tem, e nunca teve, cancro.

Madison foi detida no início deste ano e, meses depois, declarou-se culpada de roubo de primeiro grau.

A jovem explicou em tribunal que mentiu porque queria chamar a atenção da família – uma família problemática, admitiu.

E a sua ideia era que o foco passasse a ser ela: “Não fiz isto por dinheiro ou ganância. Não fiz isto para chamar a atenção geral. Fiz isto para tentar que a minha família voltasse a estar unida”, cita a Sky News.

Pediu desculpas às vítimas de roubo e admitiu que deveria ter procurado ajuda para a sua família.

“Tenho consciência total de que o que fiz foi errado. E lamento muito. Se pudesse corrigir alguma coisa, corrigia. Mas a realidade é que não posso”, disse Madison Russo, no dia da leitura da sentença.

A sentença: condenada por um tribunal dos EUA a pagar quase 38 mil euros – a grande maioria é para devolver dinheiro às pessoas que doaram.

Não foi presa. Fica em liberdade condicional e com pena suspensa de 10 anos. Mas se arranjar (novos) problemas durante os 3 anos de liberdade condicional, vai para a prisão.

O juiz reforçou que, além de ter enganado amigos, família e desconhecidos que doaram dinheiro, também enganou vítimas (reais) de cancro e instituições de solidariedade.

ZAP //

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