A proposta defende que as eleições primárias abertas também aos simpatizantes do PSD ajudariam a aproximar o partido dos cidadãos.
Os conselheiros nacionais do PSD, eleitos pela lista de André Pardal, apresentaram uma proposta de revisão estatutária que defende a realização de primárias para a eleição do líder do partido. A proposta foi entregue esta segunda-feira e será discutida no congresso de revisão estatutária do partido, a realizar-se a 25 de novembro em Almada.
Os conselheiros argumentam que o PSD tem, através desta revisão, uma oportunidade para se tornar “um partido e um sistema político mais próximo” dos cidadãos e defendem que o novo método de eleição incentivará a participação civil e atrairá quadros mais qualificados para o partido, relata o JN.
A proposta é apoiada por subscritores como Paulo Calado, Bruno Lage, António Pinheiro Torres e Paulo Ribeiro, que querem que as primárias para a escolha do líder e do candidato a primeiro-ministro deverão ser abertas não apenas a militantes, mas também a simpatizantes do partido, e que ocorram durante o congresso.
Esta iniciativa surge num contexto em que se nota “um gritante afastamento entre o PSD e a sociedade civil”, de acordo com os subscritores. A mesma posição é defendida por Pedro Rodrigues, ex-deputado do partido, que também vai levar ao congresso uma proposta similar. Rodrigues enfatiza que “todos os militantes, independentemente de terem as quotas pagas”, deveriam poder votar no líder do partido.
O tema do voto eletrónico também está em discussão. A direção do partido admite incluir esta possibilidade na proposta que Luís Montenegro vai apresentar no congresso. Além disso, outras questões como quotas de género e um regulamento ético na escolha dos candidatos também deverão ser abordadas.
O congresso de 25 de novembro promete ser um marco na evolução política e organizacional do PSD. Com várias propostas em mesa, o partido procura modernizar-se e tornar-se mais representativo, adaptando-se às novas realidades e exigências políticas e sociais.