As forças israelitas preparam-se para fazer incursões por terra, mar e ar na Faixa de Gaza, tendo chegado ao fim o prazo para a evacuação de mais de um milhão de palestinianos.
Israel está a preparar-se para entrar numa nova fase na guerra contra o grupo militante islâmico Hamas em Gaza, alertaram as Forças de Defesa de Israel (IDF) no sábado. O aviso vem após uma semana de ataques aéreos devastadores sobre Gaza e indica que “operações terrestres significativas” podem estar iminentes.
As IDF enviaram tropas e equipamento militar em massa para a fronteira com Gaza em resposta a um ataque mortal pelo Hamas a 7 de outubro. Israel ordenou ainda a rápida saída de mais de um milhão de pessoas que vivem no norte da Faixa de Gaza, tendo o prazo terminado esta manhã. A ONU alerta que a evacuação em massa nestas condições de cerco pode causar a um desastre humanitário.
Israel também cortou o acesso da população à eletricidade, comida e água, causando casos graves de desidratação, segundo o grupo de ajuda médica Médicos Sem Fronteiras. Martin Griffiths, chefe do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, condenou estas medidas, afirmando que “desafiam as regras da guerra e a humanidade básica”.
Com os cortes de serviços e a destruição de estradas e casas, muitos civis, incluindo os mais vulneráveis como idosos e grávidas, estão presos sem opções. Além disso, trabalhadores de saúde em várias instalações médicas em Gaza informaram que não cumprirão com o anúncio de evacuação de Israel, que a Organização Mundial da Saúde descreveu como uma “sentença de morte” para os pacientes.
Impacto na região
O conflito também tem implicações internacionais e há receios de que se alastre a outros países no Médio Oriente. O Irão advertiu sobre as “consequências de longo alcance” se os ataques israelitas não cessarem. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos reforçaram a sua presença militar na região, embora tenham sublinhado que isso não é para envolvimento em combate em nome de Israel.
No sábado, irromperam hostilidades entre o grupo militante libanês Hezbollah e as forças das IDF na região disputada das quintas de Shebaa, perto da fronteira entre Israel e o Líbano. Além disso, a Síria relatou um “ataque aéreo” por Israel que danificou o Aeroporto Internacional de Aleppo, tornando-o inoperante.
A situação em Gaza continua tensa e incerta, com potencial para escalar ainda mais e talvez espalhar-se para além das suas fronteiras, aumentando as preocupações de um conflito regional mais amplo.
Acho piada que toda a gente aponta sempre o dedo a Israel como sendo o responsável pela desgraça desta gente. Gaza tem um fronteira com o Egipto. Porque é que o Egipto não aceita refugiados palestinianos? Pois!