Descoberto o primeiro sinal cerebral que marca a recuperação da depressão

Milad Fakurian / Unsplash

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Investigadores descobriram um código neural que atua como um biomarcador da presença ou ausência de depressão no cérebro.

Esta descoberta poderá melhorar significativamente a eficácia da terapia de estimulação cerebral profunda para indivíduos com depressão resistente ao tratamento.

Esta terapia envolve a implantação de elétrodos no cérebro para o estimular com impulsos elétricos. Tem-se mostrado promissora no alívio a longo prazo de pessoas com depressão quando outros tratamentos falharam. No entanto, um dos desafios da terapia tem sido determinar quando e como ajustar a estimulação para otimizar a sua eficácia.

Para resolver esta questão, os investigadores implantaram elétrodos no cérebro de pessoas com depressão resistente ao tratamento. Estes elétrodos não só forneciam estimulação elétrica, explica a Scientific American, como também detetavam a atividade neural.

Analisando esta atividade e correlacionando-a com classificações clínicas, os investigadores identificaram um código neural que assinalava com precisão quando a depressão de uma pessoa estava a melhorar de forma duradoura.

Esta descoberta tem várias implicações importantes para o tratamento da depressão:

  • Tratamento personalizado: O biomarcador neural pode ajudar os médicos a determinar quando ajustar a terapia com base na atividade cerebral do paciente. Esta abordagem personalizada pode levar a um tratamento mais eficaz e a melhores resultados.
  • Escalabilidade: Com a orientação do biomarcador, um maior número de médicos pode fornecer a terapia de estimulação cerebral profunda a indivíduos com depressão resistente ao tratamento, tornando o tratamento mais acessível.
  • Previsão de recaídas: Mais investigação poderá revelar se o biomarcador neural também pode prever a recaída da depressão. A deteção precoce da recaída pode levar a uma intervenção atempada e a uma melhor gestão da doença.
  • Avanços na Neuromodulação: Os resultados do estudo podem influenciar o desenvolvimento de tratamentos menos invasivos que modulam a atividade cerebral, como a estimulação magnética transcraniana.

Embora a terapia de estimulação cerebral profunda ainda necessite de mais investigação, esta descoberta representa um passo significativo em direção a tratamentos mais eficazes para esta doença debilitante. O novo estudo foi publicado na semana passada na conceituada revista científica Nature.

A depressão afeta milhões de pessoas em todo o mundo, e muitos indivíduos não respondem às terapias tradicionais. O desenvolvimento de tratamentos inovadores oferece esperança para aqueles que não encontraram alívio através das opções existentes.

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