A eventual imposição de tarifas aos carros eléctricos chineses por parte da União Europeia pode desencadear uma guerra comercial com Pequim.
A investigação da União Europeia sobre os subsídios para carros elétricos chineses gerou uma resposta contundente da China, sinalizando uma possível escalada para uma guerra comercial, nota o Politico.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta quarta-feira uma investigação devido a preocupações sobre o mercado global ser inundado por carros chineses baratos, que têm preços “artificialmente baixos” devido aos apoios dados pelo Estado. Esta investigação pode culminar na imposição de uma taxa de 27,5% sobre os carros chineses.
O Ministério do Comércio da China retorquiu esta quinta-feira, rotulando as ações protetoras da UE como “protecionismo”. “O sector de veículos eléctricos na China tem crescido rapidamente nos últimos anos e a sua competitividade continua a melhorar, o que é o resultado de esforços persistentes na inovação tecnológica. É uma vantagem competitiva obtida através do trabalho duro“, refere.
A imposição de tarifas pela UE pode prejudicar um dos principais mercados de crescimento para fabricantes chineses de veículos eléctricos. Mesmo que as suas vendas na Europa sejam atualmente ofuscadas por gigantes da indústria como Volkswagen AG, Tesla Inc. e Stellantis NV, as entidades chinesas estão a conquistar o mercado rapidamente à boleia de preços competitivos.
No entanto, os valores das ações destes principais fabricantes chineses sofreram uma queda na quinta-feira. Por exemplo, a BYD e a SAIC Motor Corp. sofreram quebras de 3,8% e 3,4%, respectivamente.
Os receios da UE são “um fenómeno de acompanhamento inevitável depois dos veículos de nova energia da China se terem fortalecido“, defende Cui Dongshu, secretário-geral da Associação Chinesa de Carros de Passageiros (PCA).
Num comentário, o jornal chinês Global Times advertiu que a economia europeia poderá sentir as repercussões se tentar sufocar o sector de carros eléctricos da China através de estratégias protecionistas.
“Claramente, a Europa está com medo. Eles têm medo da competição da China, por isso querem procurar o proteccionismo comercial. Se a UE tomar medidas injustas, a China terá várias ferramentas para utilizar como contramedidas para proteger os interesses jurídicos das empresas chinesas”, avisa.
O jornal enfatizou ainda que os benefícios de preço dos fabricantes chineses devem-se a factores como a “cadeia de valor, o talento e a tecnologia” e não a subsídios governamentais.
Eu quando entro em conflito ou guerra com alguém, avalio as minhas possibilidades de sucesso. Se a outra parte é mais forte, ou muito mais forte, engulo a minha raiva, e fica por isso mesmo, ou procuro outra solução, que não a de confronto.
Parece que não é o que acontece com os iluminados de Bruxelas, e o resultado, como de costume, é sermos nós a pagar a ter de pagar o pato.
Os chineses são como os russos, eles serão o problema do futuro, roubam tecnologia a paises ocidentais e depois fabricam na China com a sua mão de obra barata. São o bully dos paises asiaticos que tudo querem conquistar a sua volta, fazendo ilhas artificiais e colocando nelas bases militares roubando assim o “mar” , implicando isso a zona económica exclusiva de outros paises. São um cancro que se vai espalhando por aqueles lados. Futuramente piores que os russos pois são bem mais abiciosos. Espero que não caiamos no mesmo erro que tivemos com os russos que foi tentar apazigua-los com dinheiro e comprando-lhes tudo, pois é com essas verbas que eles no futuro nos atacarão. É mais que tempo de começar lentamente a isolar economicamente a China, aos poucos e sem muitos alardes. Eles que venda os seus produtos ao Irão, russia, Coreia do Norte e Venezuela .
Quem criou isso tudo foi o ocidente com a ganância das empresas ocidentais de terem lucros maiores e mais fáceis… Para isso tiveram que transferir ferramentas e know-now para a China… e agora temos a paga disso tudo!
O seu comentário reflecte total desconhecimento do que é hoje a China., aliás é a normalidade do pensamento da maioria dos cidadãos que como não conhecem a realidade dos países são facilmente formatados pelas narrativas criadas e disseminadas pelos órgãos de comunicação social do regime.
A China é já um colosso industrial daí o medo da UE e não utiliza mão de obra barata, isso era à décadas atrás, vá lá e veja com os seus próprios olhos, ficará espantado isso lhe garanto.
Tanto falamos em reconversão energética mas quando algum país consegue fazer melhor que nós a preço inferior arranjamos logo fantasmas, e mais, nem para nós somos bons, se as viaturas nos chegam mais baratas e pagamos menos pelas mesmas sendo de igual ou melhor qualidade, que é o caso, porque raio é que não aceitamos como bom? Ignorantes.
É óbvio que a Alemanha em especial fica a perder na luta, mas quem quer mercado livre e não aceita as regras não é honesto, é o que está a acontecer com os dirigentes da UE, não aceitam a competição aberta, esse é o problema.
Ursula e os vários atores políticos deveriam acabar com a pseudo-guerra, bem como o sleepy Biden.
A China faz bem; as baterias são produzidas onde? — ah, pois é. Então os Eurocratas com o alarmismo do clima não querem que os cidadãos vivam no limiar da pobreza e alguns abaixo da mesma?
Cada vez mais o poder em bloco da China e Russia faz-se sentir.
É tão lógico que até faz confusão! — quer dizer, na verdade não faz, porque o que se passa são os interesses políticos da pseudo-UE.
O Mike resumiu muito bem o que o Ocidente fez e, agora vem a factura!…
Tanta frustação! De facto o pior inimigo está, por vezes, dentro da nossa própria casa.