Desde a atribuição de bolsas e alojamento a recordes em Medicina e Educação Básica, o acesso ao Ensino Superior no novo ano letivo de 2023/2024 traz várias novidades.
O ano letivo de 2023/2024 é acompanhado de algumas mudanças no Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior em Portugal, desde antecipações no calendário a ajustes na atribuição de bolsas de estudo.
O Público sumarizou as principais alterações e o seu impacto nos novos estudantes e nas instituições de ensino.
1. Resultados saem mais cedo
Um dos destaques é a antecipação dos resultados da primeira fase do concurso. A segunda fase arranca já na próxima segunda-feira, no mesmo dia em que começa o período de matrículas para os colocados na primeira fase.
A antecipação visa sincronizar o início das aulas para todos os alunos, minimizando as desvantagens para aqueles que entram nas fases subsequentes do concurso.
2. Vagas da segunda fase não estavam tão baixas desde o século passado
Com 49.438 colocados na primeira fase, de um total de 59.073 candidatos, restam apenas 5512 vagas para a segunda fase.
Este é o menor número desde 1999 — algo que o Governo interpreta como um ajuste entre a oferta e a procura ( em 2021/2022, a taxa de colocação foi de 77%; este ano, 84%.)
3. Bolsas atribuídas “na hora”
A atribuição de bolsas de estudo também foi revista. Este ano, os estudantes beneficiários saberão se têm direito à bolsa juntamente com os resultados da colocação, e a expectativa é que as bolsas sejam distribuídas já em setembro.
Sujeitos a atribuição automática das bolsas estão os alunos beneficiários de abono até ao terceiro escalão, mas a atribuição fica dependente da matrícula.
A mudança procura agilizar o processo de atribuição e facilitar a vida dos alunos que têm menos recursos financeiros.
4. Alargamento da elegibilidade para a bolsa de estudo
O limiar de elegibilidade para bolsas de estudo foi aumentado, passando de 9.484,27 euros para 11.049,89 euros de rendimento per capita anuais.
A alteração deverá possibilitar a inclusão de, pelo menos, mais cinco mil estudantes no sistema de bolsas de estudo.
5. Alojamento reforçado
O novo ano letivo académico prevê, também, um reforço no complemento de alojamento para estudantes deslocados, com aumentos em diversas cidades do país, em resposta ao custo crescente da habitação.
Em Lisboa, Cascais e Oeiras o valor mensal passa de 310,24 para 336,30 euros mensais; no Porto, em Amadora, Almada, Odivelas, Matosinhos de 288,08 para 312.28 euros; no Funchal, no Barreiro, em Portimão, Gaia, Faro, Setúbal, Coimbra, Aveiro, Braga, na Maia, de 265,92 para 288,26 euros; nos outros concelhos, de 243,76 para 264,24 euros.
6. Recorde em Medicina
Os cursos de Medicina destacam-se com o maior número de novos estudantes, sendo 1595 colocados na primeira fase.
Estes cursos vão receber 1595 novos estudantes nesta primeira fase — o número mais elevado de sempre no concurso de acesso ao ensino superior.
7. Mais estudantes querem ser professores
No que diz respeito à formação de professores, a taxa de colocação nos cursos de Educação Básica aumentou 21% em comparação com o ano anterior.
Nesta primeira fase do concurso, apenas três ficaram com vagas por preencher. Para a segunda fase restam apenas 36 dos 1154 lugares.
8. Aeroespacial faz jus ao nome
O curso de Engenharia Aeroespacial da Universidade do Minho registou a nota de acesso mais alta, com 18,86 valores.
9. Há cursos que permitem entrada com média “negativa”
Em onze cursos foi possível entrar com média de 9,5 valores, a maioria em institutos politécnicos.
Entre eles estão Agronomia e Gestão em regime nocturno (Politécnico de Viana do Castelo), Secretariado, (Politécnico de Castelo Branco), Gestão de Negócios Internacionais (Politécnico de Bragança), Ciências e Tecnologia do Ambiente (Politécnico de Beja), Enologia mais Ecologia e Ambiente (Universidade de Évora), Bioquímica (Universidade da Madeira) e Design de Equipamento (Guarda).
10. Há 38 “patinhos feios”
Surpreendentemente, 38 cursos não tiveram nenhum aluno colocado, a maior parte nas áreas de engenharia (que é em simultâneo uma das áreas mais escolhidas).
«…O primeiro inimigo do pensamento é uma instituição pública poderosíssima, que é a universidade.
Encontrei um antigo Ministro da Educação e aliás um, parece que um grande vulto aqui da televisão Portuguesa, que me disse assim: Você andou aí a propor a extinção da universidade, é a coisa mais fácil que existe no Mundo, é só fechar a porta, lá dentro não há nada. Isto quem me dizia, como calculam, era o Sr.º José Hermano Saraiva…» – Orlando Vitorino
E depois o Figueiredo seria operado por um bitaiteiro, atravessaria pontes projetadas pelo Zé da esquina, quando tivesse alguma doença recorreria às ervas que os primeiros humanos usavam… Seria feliz e até veria a sua esperança média de vida encurtar umas valentes décadas. Se não fosses assim, o que gostarias de ser? Tens de saber perceber o que lês ou ouves. A afirmação que aqui passaste tem um outro significado que não aquele que lhe queres dar.
Resposta ao comentador do dia 28 de Agosto, 2023 às 19:33 – Você não foi capaz de interpretar aquilo que leu e está a dar-lhe outro significado, que não é o mesmo que o autor dessa afirmação lhe quis dar; você confunde tudo, sendo uma consequência da sua dificuldade de interpretação ou má intenção.