Mulher detida por ameaçar matar deputada e juíza “se Trump não for eleito em 2024”

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Seth Wenig / EPA

Audição do ex-presidente dos EUA, Donald Trump

“Está na nossa mira, queremos matá-la”, disse a detida no Texas à juíza do caso de conspiração contra Trump. A mulher ameaçou matar também democrata na corrida à autarquia de Houston “se Trump não for eleito em 2024”.

Uma mulher foi detida no estado do Texas, no sul dos Estados Unidos, e acusada de ameaçar matar a juíza federal que tem em mãos o caso de conspiração eleitoral contra o ex-Presidente dos EUA, Donald Trump.

De acordo com os registos de um tribunal de Houston, no Texas, Abigail Jo Shry, de 43 anos, ligou para o tribunal federal em Washington e deixou uma mensagem ameaçadora — usando um termo racista para descrever a juíza Tanya Chutkan — em 05 de agosto.

Sgt Joker/Twitter

Abigail Jo Shry

A acusação diz que Shry admitiu à polícia ter feito a chamada, na qual disse à juíza: “Está na nossa mira, queremos matá-la”.

O ministério público alega ainda que a mulher ameaçou também matar a deputada Sheila Jackson Lee, uma democrata do Texas que está na corrida à autarquia de Houston: “se Trump não for eleito em 2024, vamos matá-la, então anda com cuidado, cabra”.

Ordem de proteção imposta no caso

Na segunda-feira, Trump classificou a juíza Tanya Chutkan de “altamente partidária” e “muito tendenciosa e injusta” por comentários anteriores que fez num caso separado, em que condenou um dos réus acusados no ataque ao Capitólio de 06 de janeiro de 2021.

O ataque de Trump surgiu dias após a juíza ter alertado o republicano para não fazer declarações incendiárias sobre a acusação.

Numa audiência na sexta-feira, Chutkan impôs uma ordem de proteção no caso, limitando as provas entregues pelos procuradores que o ex-Presidente e a sua equipa jurídica podem divulgar publicamente. A magistrada alertou os advogados de Trump de que a sua defesa deveria ser montada no tribunal e “não na internet”.

Os procuradores pediram a ordem de proteção depois de chamarem a atenção para outra publicação anterior na rede social de Trump, na qual este disse que iria “atrás” daqueles que “vão atrás” de si.

Os procuradores disseram que a partilha imprópria de provas poderia ter um “efeito prejudicial sobre as testemunhas”.

Chutkan disse que se alguém fizer declarações “incendiárias” sobre o caso, estaria inclinada a mover-se mais rapidamente para um julgamento para evitar qualquer intimidação de testemunhas ou influência no júri.

Ordens de proteção são algo comum em casos criminais para proteger a divulgação de informações confidenciais que possam afetar o julgamento.

Tanya Chutkan tem sido uma das juízas mais duras para com os manifestantes que invadiram o Capitólio norte-americano. Juízes federais em Washington condenaram quase 600 réus pelos seus papéis no ataque, que foi alimentado pelas alegações infundadas de Donald Trump de que a eleição presidencial de 2020 foi ganha por Joe Biden com recurso a fraude.

Trump favorito para vencer as Republicanas

Em maus lençóis com a Justiça, Donald Trump continua a denunciar uma caça às bruxas destinada a atrapalhar a sua candidatura em 2024, mantendo, contra todas as evidências, que a eleição de 2020 lhe foi roubada.

No entanto, o acusado de “conspiração contra o Estado dos Estados Unidos”, obstrução de um processo oficial e violação dos direitos eleitorais, na sequência de uma investigação supervisionada pelo procurador especial Jack Smith, mantém-se como o claro favorito para vencer as primárias Republicanas em 2024 e, assim, disputar com o atual Presidente, Joe Biden, a corrida à Casa Branca em novembro desse mesmo ano.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Se , a ser verdade a Pessoa en questão estampada neste artigo com o Nome de Abigail Jo Shry , parece ser agradável como un punho de porta , não admira a veneração que cultiva por o outro punho de porta pedante chamado Trump ! Váááá ….un fatinho cor de laranja vai assentar-lhe na perfeição !

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