Nem os maiores tubarões do mundo se livram dos mortíferos ataques de orcas

O vídeo que está a circular no YouTube mostra uma orca a rasgar um tubarão-baleia e a comer-lhe o fígado, ao largo da costa da Baja California, no México.

O vídeo foi captado por James Moskito, CEO da empresa de ecoturismo Ocean Safaris, da Califórnia, durante uma expedição ao Golfo da Califórnia, em abril.

“As baleias assassinas começaram a chegar-se [ao tubarão-baleia] e, de repente, estavam a morder-lhe a parte inferior”, contou ao Live Science.

Os tubarões-baleia são a maior espécie de tubarão da Terra, podendo ter até 18 metros de comprimento.

Os adultos saudáveis têm poucos predadores naturais. No entanto, as crias e os indivíduos feridos caem, facilmente, em armadilhas de tubarões-tigre e orcas.

As imagens captadas ao largo da costa da Baja California, no México, mostram as orcas a nadar de cabeça para baixo, por baixo do tubarão, e a morder-lhe a parte inferior. Numa fase posterior, vê-se o corpo inanimado do tubarão-baleia a afundar.

“Elas chegaram, morderam a parte inferior do tubarão-baleia. Parece que sugaram o fígado e depois o tubarão-baleia simplesmente caiu e desceu, sem qualquer movimento. Presumo que estivesse morto”, relatou James Moskito.

De acordo com o Live Science, este é o primeiro vídeo que se conhece de orcas a atacar um tubarão-baleia adulto – que teria à volta de 8,2 metros de comprimento.

James Moskito contou que, pouco tempo depois, as orcas foram vistas a matar outro tubarão do mesmo tipo.

Ao Lice Science, a bióloga marinha Alison Kock explicou que os fígados dos tubarões são altamente nutritivos.

“As orcas podem ter aprendido que comer fígados de tubarão fornece muita energia e nutrientes”, disse Alison Kock.

A bióloga contou ainda que, desde há décadas, orcas em todo o mundo têm sido vistas a devorar fígados.

“Os fígados são grandes e flutuam na superfície da água quando um tubarão é morto. Isso torna-os fáceis de identificar, em comparação com outros órgãos que afundam e são mais difíceis de localizar”, explicou.

Miguel Esteves, ZAP //

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