O objetivo de Béziers é acabar com os dejetos espalhados pela cidade francesa. A fase experimental da medida vai durar dois anos.
Todos os meses, só no centro da cidade de Béziers, são recolhidos cerca de 1000 dejetos pelos serviços da Câmara Municipal. Para terminar com este problema, foi criado o passaporte animal, que terá acesso ao ADN de cada cão e à informação do dono.
Segundo o Raw Story, esta espécie de passaporte genético vai permitir identificar os donos caso não apanhem os dejetos dos animais do espaço público.
“Estou indignado com o facto de algumas pessoas nunca apanharem os dejetos dos seus animais de estimação”, disse o presidente da Câmara, Robert Menard, em declarações à rádio local France Bleu.
“Pensámos que se colocássemos polícias na rua isso teria efeito, mas quando há um polícia as pessoas limpam. É quando não há ninguém por perto que elas não cumprem o seu dever cívico”, acrescentou.
Menard, um independente com ligações estreitas à extrema-direita, tem tentado introduzir testes de ADN canino desde 2016, mas os seus esforços foram sempre rejeitados pelo Estado por razões legais. As novas regras foram introduzidas a título experimental durante os próximos dois anos.
Os donos de cães terão de levar os seus animais de estimação ao veterinário para que seja recolhida uma amostra de saliva que será depois geneticamente testada. Posteriormente, será emitido um documento que terá de andar sempre com os donos, sob pena de ser emitida uma multa de 38 euros a quem não o apresentar.
Sempre que forem encontrados excrementos no espaço público, estes serão recolhidos e testados. A polícia irá, então, verificar o registo do animal para que possa, assim, ser emitida uma multa de 122 euros ao seu dono.
A medida terá um custo estimado de 50 mil euros por ano. O gabinete do presidente da Câmara de Beziers referiu, no entanto, que a limpeza das fezes dos cães custa ao município cerca de 80 mil euros por ano.