Responsável por uma cadeia em Lisboa tem noção do trabalho “extremamente exigente” – mas faltam guardas.
Há 40 guardas a trabalhar na cadeia anexa à Polícia Judiciária, em Lisboa.
Não chegam e a directora do espaço já avisou os superiores que faltam guardas na cadeia.
Mas, enquanto não chega o reforço, a directora pede aos guardas actuais que trabalhem mais, até nas folgas.
O Correio da Manhã revela a carta que Fátima Côrte, a directora, enviou aos próprios guardas.
Fátima tem noção do trabalho “extremamente exigente” na cadeia, que só tem continuado a funcionar com segurança graças ao “espírito de missão dos guardas”.
A directora revela também que pediu que aquela cadeia receba apenas presos preventivos e já alertou “a hierarquia para a falta de efectivo, o que mereceu acolhimento”.
Vai haver reforço com trabalhadores transferidos de outras cadeias mas para já, ao longo das próximas duas semanas, “e caso a escala o exija”, os guardas foram “convidados” a trabalhar em dias de folga.
“Serão remunerados, nos termos da lei”, acrescentou fonte oficial dos Serviços Prisionais.
Já Frederico Morais, dirigente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional, avisa que esta medida é “ilegal”.
“Existe desde 2018 um regulamento de horário de trabalho e tem de ser cumprido. Os guardas colocados nesta cadeia não aceitam esta medida e essa será a posição do sindicato”, disse Frederico.
Aumentem a idade de admissão para os 45 anos, ponham a escolaridade obrigatória de acordo com a data de nascimento, deixem-se de burocracias estúpidas, acabem com as “provas de conhecimento” e voltem a fazer os testes psico-técnicos que é a única forma de saber as aptidões profissionais do candidato e se mesmo tem perfil para ser funcionário do Estado, e vão ver que não faltam candidatos e futuros Guardas Prisionais, o mesmo se aplica a outros Sectores Públicos.