Entre os “zigzags” e a velocidade inconstante, adoptamos comportamentos mais perigosos quando temos companhia tecnológica.
Há muitos anos que se concluiu que os condutores cometem mais erros quando estão a falar ao telemóvel, comparando com o momento em que estão a falar com outra pessoa que está dentro do carro.
Em 2008 já havia um estudo que contraria a opinião de quem acha que o contexto é o mesmo. Ou seja, contraria quem acha que é igual estarmos distraídos com o telemóvel ou com uma conversa presencial, dentro do carro.
Mesmo assim, a tendência continua a apontar para uma vasta utilização do telemóvel enquanto se conduz.
Mais tarde, em 2017, outro estudo mostrou que quase 90% das pessoas admite que pegava no telemóvel quando conduzia.
Ainda mais recentemente, dados nacionais dos EUA mostraram que, só em 2021, cerca de 3.500 pessoas morreram porque alguém estava distraído enquanto conduzia – e sim, a maioria dos casos envolve telemóvel.
Para evitar esta “combinação mortal”, o portal Gulf News publicou uma lista de 4 erros mais comuns quando se tem telemóvel ao volante.
O primeiro mencionado são os “zigzags”, ou seja, passamos de uma faixa para a outra sem nos apercebermos, fazemos desvios involuntários – e perigosos.
O segundo é a velocidade inconsistente: acelerar ou desacelerar sem motivo para isso.
O terceiro é a distância: muitos de nós não mantemos a distância de segurança para os carros que estão à frente.
Por fim, as avaliações erradas: estando distraídos, fazemos uma análise, um julgamento errado, em relação ao que está a acontecer à nossa volta, na estrada.
A lista surgiu com base nestas estatísticas da polícia de Abu Dhabi: no ano passado, o uso de telemóvel foi o responsável por cerca de 80% das mortes e dos feridos graves nas estradas da cidade.
A polícia avisa que enviar SMS enquanto se conduz multiplica por 23 a probabilidade de acidente.
