Medusa-tambor nas praias do Algarve. Eis como as identificar e o que fazer

IPMA

A medusa-tambor foi avistada esta semana mais de 120 vezes “em muitas praias” do Algarve, desde Lagos a Vila Real de Santo António, mas principalmente na zona do sotavento, informou o IPMA, aconselhando a não tocar nos organismos.

O Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA), em comunicado na sua página de internet, avisa que a espécie Rhizostoma Luteum, conhecida como medusa-tambor, “tem sido avistada em abundâncias consideráveis em muitas praias do Algarve”, e na última semana de junho foram recebidos mais de 120 avistamentos da espécie pelo GelAvista, o programa de ciência cidadã do IPMA.

A ocorrência desta espécie é comum na costa portuguesa, especialmente no Algarve, durante o verão e outono, sendo estas ocorrências cíclicas naturais, associadas ao período da sua reprodução, explica o IPMA.

O instituto considera que o aumento destas ocorrências deve estar relacionado com correntes e ventos que favorecem o transporte dos organismos até às praias.

“Trata-se de uma medusa de grandes dimensões, cuja campânula pode chegar aos 60 centímetros de diâmetro. É caracterizada pelos seus braços orais curtos e folhosos, com longos apêndices de coloração escura nas extremidades”, precisa no comunicado.

Como a medusa-tambor é considerada ligeiramente urticante, o IPMA avisa que, em caso de contacto direto com a pele, devem ser aplicadas compressas de gelo durante cerca de 15 minutos, após lavar e limpar a zona afetada com água do mar.

O GelAvista aconselha que se evite tocar nos organismos, mesmo quando aparentam estar mortos na praia, bem como tentar a sua devolução ao mar.

O IPMA recomenda, no comunicado, que seja sinalizada a presença das medusas e a comunicação da sua localização aos nadadores-salvadores.

“Preferencialmente, não se deve interferir com o ecossistema, mas, se necessário, os organismos poderão ser removidos para lixo orgânico e nunca enterrados”, informa.

O programa GelAvista monitoriza, deste 2016, os organismos gelatinosos em águas portuguesas, recolhendo informação.

Lusa //

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